- Suspensão da Pump.fun impacta projetos baseados em Solana
- Venda de 4,1 milhões de SOL levanta preocupações
- Processos acusam Pump.fun de pump-and-dump e fraude
A plataforma X, de Elon Musk, bloqueou mais de 20 contas relacionadas ao universo das memecoins, incluindo a Pump.fun, conhecida por lançar tokens dentro da rede Solana. Entre os perfis suspensos estão a conta oficial da Pump.fun e o perfil pessoal de seu cofundador, Alon Cohen.
Até o momento, a X não forneceu detalhes sobre o motivo das suspensões, limitando-se a informar que as contas violaram as diretrizes da plataforma. Entre os outros perfis afetados estão contas vinculadas a projetos como GMGN, BullX, Bloom Trading e Eliza OS, uma ferramenta de negociação baseada em inteligência artificial.
Dentro da comunidade de criptomoedas, a falta de explicações oficiais rapidamente abriu espaço para especulações. Usuários levantaram hipóteses que vão desde o uso indevido de APIs até transmissões ao vivo sem permissão e possíveis investigações relacionadas a esquemas de pump-and-dump.
BREAKING: MULTIPLE CRYPTO-BASED PLATFORMS HAVE BEEN SUSPENDED ON X, INCLUDING BULLX, PUMPFUN, GMGM, AND MORE
IS THIS AN ATTACK ON CRYPTO??? pic.twitter.com/ftnPDaeMK1
— BlockNews (@blocknewsdotcom) June 16, 2025
O histórico recente da Pump.fun também reacendeu alertas. Em fevereiro de 2025, a conta oficial da plataforma foi invadida para promover um falso token de governança, o que gerou dúvidas sobre sua segurança cibernética. Apesar disso, o site da Pump.fun segue ativo, mantendo suas operações na rede Solana.
Outro ponto que chama atenção é o volume expressivo de vendas de tokens SOL pela Pump.fun. De acordo com a plataforma Lookonchain, cerca de 4,1 milhões de unidades de SOL, com valor aproximado de US$ 741 milhões, foram vendidas desde maio de 2024. O mercado especula se esses recursos foram destinados ao financiamento das operações ou simplesmente para liquidez.
Além das polêmicas técnicas, a Pump.fun enfrenta desafios jurídicos nos Estados Unidos. Duas ações coletivas acusam a plataforma de conduzir esquemas de pump-and-dump e comercializar tokens considerados valores mobiliários sem o devido registro. Uma das ações estima que a empresa tenha arrecadado cerca de US$ 500 milhões por meio de lançamentos considerados ilegais de criptomoedas.