O governo da China vai doar cerca de 15 milhões de yuans (US$ 2,3 milhões) em e-CNY para os moradores do distrito de Futian, em Shenzhen. A medida é para impulsionar a adoção da CBDC chinesa, além de promover o produto financeiro entre a sociedade em geral.
O governo do país mais populoso do mundo tem uma postura mais amistosa às moedas digitais do banco central (CBDC), diferentemente das criptomoedas, que foram completamente banidas do país no ano passado. Tanto que, durante 2021, as autoridades locais realizaram vários projetos e iniciativas para popularizar a representação digital de sua moeda nacional, o yuan digital.
De acordo com o Global Times, o mais recente passo para a popularização do CBDC da China é a sua distribuição, em mais de US$ 2 milhões em yuan digital, para residentes de Futian, distrito comercial central da terceira maior cidade da China, a cidade de Shenzhen.
O e-CNY será separado em 130.000 pacotes vermelhos, distribuídos em um método de loteria usando o pagamento do WeChat, aplicativo de troca de mensagens do país. Os moradores poderão participar do sorteio registrando-se no aplicativo e, mais tarde, poderão gastar o produto financeiro em cerca de 5.000 lojas do distrito sem a necessidade de fazer uma compra mínima.
Embora seja a primeira vez que o CBDC chinês terá uma ação como essa, não é a primeira vez que Shenzhen é usada como cidade-teste, isso porque, em 2020, as autoridades locais distribuíram 10 milhões de yuans (cerca de US$ 1,5 milhão) em e-CNY. Pouco depois, cidades como Chengdu e Pequim também receberam iniciativas de teste. NA época, os moradores receberam US$ 4,6 milhões na forma do CBDC chinês em Chengdu, enquanto os de Pequim recebeu US$ 6,2 milhões.
Vale lembrar que todo o esforço do governo da China para desenvolver seu Yuan Digital tem um motivo: desde o final de 2021, o número de chineses que abriram suas carteiras digitais para os yuans chegou a marca de 140 milhões, representando cerca de 10% da população total. O interesse no produto continuou a aumentar durante 2022, e esse número subiu para mais de 260 milhões até o último levantamento realizado.