- Turquia bloqueia PancakeSwap e 45 sites de criptomoedas
- SPK reforça controle sobre serviços de ativos digitais
- Exchanges precisam de autorização para operar no país
As autoridades reguladoras da Turquia intensificaram a fiscalização sobre o setor de criptomoedas ao bloquear o acesso à exchange descentralizada PancakeSwap e a outros 45 sites relacionados a ativos digitais. A medida foi anunciada em um boletim divulgado em 3 de julho pelo Conselho de Mercados de Capitais (SPK), órgão responsável pela supervisão do mercado financeiro turco.
CRYPTO NEWSWIRE: Turkey blocks access to PancakeSwap, 45 crypto websites in regulatory crackdown
Turkish financial regulators have blocked access to decentralized exchange PancakeSwap and 45 other crypto-related websites as part of a broader crackdown on unauthorized digital… pic.twitter.com/0U9mmjsHYB
— Brian Harrod (@GetTheDailyDirt) July 5, 2025
A justificativa para o bloqueio foi a oferta de serviços de criptomoedas a residentes no país sem a devida autorização legal. A PancakeSwap, uma das maiores plataformas de negociação descentralizada do mundo, movimentou mais de US$ 325 bilhões em volume apenas em junho. Ainda não há informações precisas sobre como o SPK identificou a atuação da plataforma no território turco.
Além da PancakeSwap, o bloqueio atinge outras plataformas como Cryptoradar, além de sites de investimento e negociação, sinalizando uma ampliação da regulação local sobre ativos digitais. Desde março, com a entrada em vigor de novas diretrizes, o SPK passou a ter autoridade plena sobre prestadores de serviços cripto que ofertam produtos a usuários residentes no país.
A Turquia já havia dado sinais de endurecimento regulatório desde 2021, quando proibiu o uso de criptomoedas como forma de pagamento. Apesar da proibição, a população segue autorizada a comprar, manter e negociar criptoativos, desde que as transações sigam os critérios estabelecidos pelo governo.
Entre as regras em vigor, está a exigência de identificação para transações em criptomoedas acima de aproximadamente US$ 425, medida implementada no início do ano. A nova onda de bloqueios ocorre no contexto de uma estratégia nacional para estruturar o mercado local de ativos digitais e reduzir riscos associados a operações não autorizadas.
Esse movimento se alinha a práticas já adotadas por países como Rússia, Cazaquistão, Venezuela e Filipinas, que também restringiram o acesso a plataformas cripto não registradas, citando preocupações com lavagem de dinheiro, evasão fiscal e ausência de mecanismos de auditoria.