Após o pedido do presidente Vladimir Putin, para que as agências reguladoras revissem sua posição sobre as criptomoedas, o Ministério das Finanças do país apresentou um novo projeto que contrasta com a posição mais radical do Banco Central da Rússia.
Na semana passada, o Banco Central do país havia pedido a proibição das atividades de comércio e mineração de criptomoedas em todo a região, apontando que a volatilidade, o impacto ambiental e o uso em atividades ilegais seriam os principais motivos para o banimento, apresentados em um relatório, que também pedia duras sanções aos infratores.
Contudo, a proposta passou a ser uma grande polêmica no país, com diversas personalidades russas sendo contra a posição do Banco Central, inclusive Ivan Chebeskov, funcionário do Ministério das Finanças. Chebeskov afirmou que o governo deveria regular as criptomoedas em vez de bani-las completamente, além de que a sua posição é para que as autoridades forneçam uma oportunidade para o desenvolvimento da indústria e que uma proibição dos tokens pode resultar no atraso da Rússia na tecnologia.
Nesta quinta-feira (27), segundo informações do RBC, o Ministério enviou uma carta a Dmitry Chernyshenko, vice-presidente do governo da Federação Russa, apresentando oficialmente uma proposta regulatória ao governo. A proposta traz uma nova estrutura para uso de criptomoedas no país, sugerindo que as operações de criptomoedas sejam feitas dentro estrutura bancária tradicional, com mecanismos para identificar os dados pessoais dos traders.
Segundo a proposta do Ministério, a regulamentação das criptomoedas pode trazer vários benefícios, como aumento da receita tributária e aumento da capacidade da aplicação da lei de rastrear atividades criminosas, ao contrário do que diz o Banco Central local.
Por fim, o Ministério ainda citou que em um levantamento feito, apontou que os cidadãos russos que possuem criptomoedas, somam o valor de quase que 2 trilhões de rublos russos, acrescentando que uma proibição total ou a falta de regulamentação acabará por prejudicar a indústria e criar um mercado negro no país.