Mesmo com o aviso do Banco Popular da China (PBOC) realizado em novembro sobre o metaverso e NFTs, de que haverá um grande monitoramento sobre estes dois seguimentos, mais de mil empresas chinesas enviaram milhares de pedidos de marcas relacionadas ao metaverso.
As empresas chinesas se apressaram para registrar marcas relacionadas ao metaverso, como, por exemplo, “satélite metaverso” e ” metaverse exhibition”. De acordo com o South China Morning Post, mais de 1.360 empresas chinesas enviaram 8.534 pedidos de marcas relacionadas no último domingo (19), contrariando os apelos das autoridades locais.
Isso porque, Gou Wenjun, diretor do Centro de Análise e AML do PBOC, havia feito um alerta sobre os perigos dos ativos digitais, quando apontou que os ativos virtuais não têm base física, e eles podem ser usados para atividades financeiras ilegais. Gou citou atividades como arrecadação ilegal de fundos, esquemas de pirâmide e fraude.
A maioria das empresas que fizeram a solicitação de registro de marcas trabalham diretamente com tecnologia. Isso inclui grandes empresas como Huawei e a Hisense. O primeiro se inscreveu para registrar o “Meta OS”, enquanto a segunda pediu a inscrição de várias marcas em diversas áreas, como serviços sociais, publicidade e ciência.
A gigante de jogos e tecnologia Tencent também se juntou à elas, tendo registrado quase cem aplicações de marcas patenteadas relacionadas ao metaverso, incluindo “QQ Metaverse”, “QQ Music Metaverse” e “Kings Metaverse”.
Os pedidos de marcas registradas não foram uma surpresa para muitos, já que a demanda por NFTs está crescendo, inclusive na China. De acordo com o rastreador de vendas de NFT, Crypto Slam, as vendas de NFT nos últimos sete dias totalizaram US$ 580,7 milhões em todo o planeta.
Além do aviso do Banco Popular da China, o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, também emitiu um alerta sobre o metaverso no último dia 9 de dezembro, apontando os riscos elevados de volatilidade.