- China propõe estímulo de 10 trilhões de yuans
- Foco em saldar dívidas e revitalizar o imobiliário
- Decisão legislativa sincronizada com eleições nos EUA
A República Popular da China encontra-se à beira de implementar um robusto plano de estímulo fiscal, projetado para revitalizar sua economia que atualmente enfrenta severas dificuldades. Segundo informações da Reuters, o gigante asiático poderá anunciar, já na próxima semana, um estímulo que atinge a cifra de 10 trilhões de yuans, equivalente a aproximadamente US$ 1,4 trilhão.
Este plano de estímulo surge em um momento crítico, com o objetivo de alavancar a economia por meio da emissão de títulos soberanos especiais e de governos locais nos próximos anos. Fontes próximas ao governo indicam que cerca de 6 trilhões de yuans (US$ 840 bilhões) serão destinados ao longo dos próximos três anos para auxiliar os governos locais a saldarem dívidas ocultas que pesam em seus balanços.
Adicionalmente, uma quantia de 4 trilhões de yuans (US$ 560 bilhões) está prevista para ser arrecadada com o intuito de estimular o tambaleante setor imobiliário chinês, que recentemente testemunhou uma série de colapsos bancários. Em junho, diversos bancos chineses cessaram suas atividades abruptamente, sendo subsequentemente absorvidos por entidades maiores. A crise no setor foi agravada pelo manejo inadequado de riscos e o crescente endividamento dos governos locais.
O Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, órgão legislativo nacional da China, tem reunião marcada para a próxima semana. O encontro tem como pauta principal a aprovação deste ambicioso pacote de estímulo, coincidindo com um período de significativas decisões políticas nos Estados Unidos, onde se procederá à eleição de um novo presidente.