- Criptomoedas como estratégia de alívio da dívida
- Stablecoins e ouro como ferramentas financeiras
- Redefinição monetária pode impactar economia global
Durante o Fórum Econômico Oriental em Vladivostok, o assessor de Vladimir Putin, Anton Kobyakov, fez uma análise contundente sobre os rumos da política econômica dos Estados Unidos sob o atual presidente Donald Trump. Em sua fala, Kobyakov afirmou que Washington estaria preparando uma mudança drástica no sistema financeiro global, utilizando criptomoedas, stablecoins e ouro como ferramentas para lidar com os US$ 35 trilhões da dívida nacional americana.
De acordo com Kobyakov, a estratégia envolveria a transferência parcial dessa dívida para ativos digitais, especialmente stablecoins, com a posterior desvalorização desses instrumentos. A manobra, segundo ele, permitiria aos EUA “começar do zero”, transferindo os custos dessa transição ao restante do mundo. “Eles têm uma dívida de US$ 35 trilhões em moeda, vão transferi-la para a nuvem de criptomoedas, desvalorizá-la — e começar do zero”, declarou o conselheiro russo.
Essa possível reestruturação, baseada em blockchain, levantaria sérias preocupações sobre a credibilidade do dólar como moeda de reserva global. Kobyakov argumenta que a criação de uma “nuvem cripto” serviria para redefinir unilateralmente os compromissos financeiros americanos, enquanto outras nações arcariam com as consequências.
📢 RUSSIA SLAMS U.S. STABLECOINS — BUT WHY?
Putin’s adviser Anton Kobyakov claims the U.S. wants to “shove $35T of debt into $crypto and reset the system.”
In reality, this looks more like Russia fueling fear. The U.S. #stablecoin push is about innovation, efficiency, and… pic.twitter.com/KjDpdk4Ky5
— COACHTY (@TheRealTRTalks) September 8, 2025
O conselheiro comparou essa abordagem com decisões históricas dos EUA, como o abandono do padrão-ouro na década de 1930 e a ruptura final do dólar com o ouro promovida por Nixon nos anos 1970. Em ambas as ocasiões, os EUA redesenharam as regras do sistema financeiro internacional a seu favor.
Para Kobyakov, a situação atual reflete o mesmo padrão: os EUA, pressionados pela dívida pública crescente, estariam prestes a usar ativos digitais e ouro como mecanismos de escape econômico. “Assim como nas décadas de 30 e 70, os EUA planejam resolver seus problemas financeiros às custas do mundo — desta vez, empurrando todos para a nuvem de criptomoedas”, completou.
A fala reforça o temor geopolítico de que a digitalização financeira liderada por grandes potências possa representar não apenas uma transformação tecnológica, mas também um novo capítulo na disputa pelo controle monetário global.













