O presidente do Banco Central do Brasil confirmou que o piloto de moeda digital do banco central (CBDC) soberana do país será lançado ainda este ano.
A confirmação sobre a moeda digital do banco central aconteceu durante um evento na última segunda-feira (11), onde Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, observou que um programa piloto de CBDC poderia entrar em operação no segundo semestre deste ano.
O valor da CBDC seria atrelado ao sistema nacional de pagamento tradicional do país, o STR (Reserve Transfer System). Neto também confirmou que o “Real Digital” teria um fornecimento fixo e apenas uma certa quantidade dele seria criada, como acontece com o Bitcoin.
“Isso [usar o STR no Real Digital] é uma forma de criar a digitalização da moeda sem criar uma ruptura nos balanços dos bancos. Esse projeto deve ter algum tipo de piloto no segundo semestre do ano”, falou Neto ao Cointelegraph.
Roberto Campos Neto esclareceu ainda que acredita que a criptomoeda é mais proeminente como forma de investimento do que como forma de pagamento, ressaltando que pode mudar se a adoção entre as massas aumentar.
A confirmação de um piloto de CBDC até o segundo semestre do ano ocorre após um mês da parceria do banco central com nove bancos para auxiliar no desenvolvimento de suas CBDCs. Com a confirmação do presidente do banco central, o Brasil se juntaria à crescente lista de países que trabalham em sua moeda digital soberana.
O Brasil está atualmente procurando lucrar com o aumento do envolvimento cripto e a digitalização dos serviços no país. Além de seu foco no desenvolvimento da CBDC, o Brasil também apresentou um projeto de lei de criptomoedas no final de fevereiro para regular o mercado de criptomoedas, que está em tramitação há quase três anos, que visa definir vários aspectos do que constitui um ativo virtual, uma corretora ou bolsa de criptomoedas, e quais braços do governo federal teriam jurisdição sobre o assunto.