- Bitcoin ultrapassa US$ 1,68 tri em valor de mercado
- Domínio do BTC atinge 63,4%, maior desde 2021
- Mantra (OM) colapsa 95% e gera prejuízo bilionário
O preço do bitcoin hoje está cotado em US$ 84.857,14 com alta de 0,5% na segunda-feira, 14 de abril de 2025.
O Bitcoin continua em evidência nos mercados, consolidando sua dominância sobre as altcoins enquanto negocia próximo dos US$ 85 mil. Após alcançar uma máxima de 11 dias em US$ 86 mil no fim de semana, o BTC sofreu leve correção, mas mantém uma valorização semanal de 12,7%.
A recuperação ocorreu após uma queda para cerca de US$ 74 mil no início da semana anterior, impulsionada por tensões políticas envolvendo os Estados Unidos. A reversão começou com o anúncio do ex-presidente Donald Trump sobre tarifas reduzidas para países aliados, exceto a China. Em seguida, dados favoráveis do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos EUA aumentaram o apetite dos investidores.
Com esse desempenho, o valor de mercado do Bitcoin ultrapassou US$ 1,68 trilhão. O domínio da criptomoeda chegou a 60,5% segundo a CoinGecko e 63,4% na TradingView, patamares que não eram vistos desde 2021. A elevação do domínio indica que o capital está mais concentrado no BTC em relação ao restante do mercado de criptomoedas.
Enquanto isso, a maioria das altcoins registrou recuos moderados. Destaque negativo para o token OM da Mantra, que desvalorizou mais de 95% após liquidações forçadas em corretoras centralizadas. O CEO do projeto afirmou que a queda foi causada por “fechamentos forçados e imprudentes”.
Outros ativos de grande capitalização, como XRP, BNB, DOGE, ADA, TON e LINK, apresentaram pequenas perdas nas últimas 24 horas. Em contrapartida, TRX e SOL subiram cerca de 3%, com a Solana cotada perto de US$ 135. Já o Ethereum avançou levemente, sendo negociado acima de US$ 1.600.
Queda de 95% da Mantra (OM) gera prejuízos milionários e levanta dúvidas entre investidores
O token Mantra (OM), associado ao setor de ativos do mundo real (RWA), sofreu um colapso brusco de 95% em poucas horas. O preço da criptomoeda despencou de US$ 6,17 para US$ 0,42, o que resultou em uma perda de mais de US$ 6 bilhões em valor de mercado.
O impacto foi sentido principalmente por grandes detentores do ativo. Três dias antes da queda, um grupo transferiu cerca de 14 milhões de tokens OM, avaliados em US$ 91 milhões, para a corretora OKX. Esse investidor acumulava 84 milhões de tokens adquiridos na Binance em março, que atualmente valem pouco mais de US$ 62 milhões — uma desvalorização de mais de US$ 400 milhões.
Just within 3 days before the crash, this group of fresh $OM whales moved 14.27M $OM (~$91M) to #OKX at an average price of $6.375.
Back in late March, they had jointly scooped up 84.15M $OM from #Binance for ~$564.7M (avg. $6.711).
Now, after a brutal ~90% drop, their… https://t.co/H7EASdsZaG pic.twitter.com/VsePiGlStV
— Spot On Chain (@spotonchain) April 14, 2025
Outros investidores individuais também relataram perdas significativas. Um deles afirmou ter colocado US$ 3,5 milhões no token, valor que hoje representa menos de US$ 200 mil. Outro investidor disse ter perdido US$ 800 mil e se declarou “prejudicado” pelo projeto.
A origem do colapso, segundo o cofundador da Mantra, JP Mullin, teria sido liquidações forçadas realizadas por exchanges centralizadas. Mullin negou qualquer envolvimento da equipe do projeto na movimentação, afirmando que os tokens da equipe permanecem bloqueados e rastreáveis na blockchain. Ele ainda sugeriu que a corretora responsável tenha vendido os ativos durante um momento de baixa liquidez, intensificando a queda.
Sem mencionar diretamente a OKX, o fundador da corretora respondeu nas redes sociais e prometeu divulgar um relatório explicando o ocorrido.
Em resposta à crise, a equipe da Mantra informou que fará uma reunião com a comunidade por meio da plataforma X (antigo Twitter) para esclarecer dúvidas e apresentar os próximos passos. Os responsáveis pelo projeto também alertaram os detentores para desconfiarem de links falsos e se atentarem às comunicações oficiais.