O Mitsubishi UFJ Financial Group, gigante do setor financeiro japonês, deve criar uma carteira capaz de armazenar e fazer uso de “ativos digitais movidos a blockchain e NFT’s”, segundo anúncio da empresa. Além disso, a empresa anunciou que começou a suspensão da operações da Global Open Network Japan, sua plataforma de pagamentos blockchain.
A carteira é uma criação do banco que faz parte do grupo, o Mitsubishi UFJ Trust and Banking Corporation. Em um comunicado, a empresa disse que o serviço se chamará ProgmatUT, utilizando tokens para permitir que os usuários armazenem uma vários ativos digitais, incluindo tokens de segurança e stablecoins.
Além disso, a carteira também vai usar um novo protocolo blockchain, para que a empresa e suas parceiras emitam o “primeiro token de segurança lastreado em ativos no Japão. A empresa também citou que um mercado secundário será estabelecido em 2023. A rede blockchain também está programada para ser lançada em algum momento de 2023.
Estamos planejando emitir a primeira stablecoin do tipo trust do Japão”, disse o Mitsubishi UFJ em comunicado, além de afirmar que esperava ter uma versão beta de sua oferta ProgmatUT pronta ainda este ano.
Esse projeto está em desenvolvimento desde novembro de 2019, quando a Mitsubishi UFJ anunciou uma acordo com os gigantes de valores mobiliários japoneses SBI e Nomura, interessados cada vez mais por ofertas de títulos tokenizados baseados em criptomoedas e blockchain nos últimos anos. O acordo também incluiu a Kenedix, empresa imobiliária japonesa.
Por fim, o Mitsubishi UFJ também comunicou que pretende suspender as operações da Global Open Network Japan, projeto de pagamentos baseado em blockchain de joint venture com a Akamai Technologies em abril de 2019. O objetivo rede era criar uma plataforma aberta com processamento de dados de alta escalabilidade em resposta à ascensão da internet das coisas (IoT), segundo comunicado da empresa na época.
Ela passou a funcionar oficialmente em abril do ano passado, mas a Mitsubishi UFJ decidiu encerrar menos de um ano depois, citando um crescimento lento de transações, uma desaceleração relacionada à pandemia de coronavírus, baixa aceitação e falta de integração com o setor de IoT como responsáveis.