- CEO da Mantra planeja queimar tokens para reconquistar confiança
- Colapso do token OM gerou perdas bilionárias em minutos
- Exchanges negam envolvimento na queda da criptomoeda OM
Após o colapso expressivo do token OM no dia 13 de abril, o CEO da Mantra, John Mullin, afirmou que está considerando queimar todos os tokens reservados para a equipe como forma de recuperar a confiança da comunidade envolvida com o projeto.
“Estou planejando queimar todos os meus tokens de equipe e, quando isso acontecer, a comunidade e os investidores poderão decidir se os recuperei”, declarou Mullin em publicação feita no X em 16 de abril.
The teams token allocation are actually vesting only starting in 2027, which is 30 months from mainnet launch (Oct. 24).
I’m planning to burn all of my team tokens and when we turn it around the community and investors can decide if I have earned it back.
https://t.co/ZQR1H5xAqF
— JP Mullin (
,
) (@jp_mullin888) April 15, 2025
Atualmente, estão alocados 300 milhões de OM para membros da equipe e colaboradores principais — o que representa cerca de 16,88% do fornecimento total de 1,78 bilhão de tokens. Esses ativos, bloqueados até 2027 e com liberação gradual prevista até 2029, estão avaliados em aproximadamente US$ 236 milhões com o preço atual da moeda por volta de US$ 0,78. No entanto, antes da forte queda, valiam cerca de US$ 1,89 bilhão.
O colapso do token OM, que caiu de US$ 6,30 para US$ 0,52, eliminou mais de US$ 5,5 bilhões em valor de mercado. A empresa atribui o movimento a “liquidações imprudentes”, negando envolvimento da equipe em manipulação ou qualquer conduta irregular.
Mullin também propôs que a decisão sobre a queima dos tokens passe por votação descentralizada. Apesar de alguns membros da comunidade apoiarem a ideia, outros se mostram céticos quanto ao impacto de longo prazo. Ran Neuner, fundador do Crypto Banter, afirmou: “Isso seria um erro. Queremos equipes altamente incentivadas. Queimar o incentivo pode parecer um bom gesto, mas prejudicará a motivação da equipe a longo prazo”.
Como parte da resposta à crise, Mullin revelou que o fundo Mantra Ecosystem Fund, avaliado em US$ 109 milhões, poderá ser utilizado para recompras e futuras queimas de tokens, numa tentativa de estabilizar o valor da OM.
A empresa também rejeitou alegações de que detém 90% do fornecimento do token e desmentiu envolvimento com negociações internas.
A queda abrupta do token coincidiu com grande movimentação de OM em exchanges como OKX e Binance, que negaram qualquer envolvimento. Ambas atribuíram a volatilidade à mudança na tokenomics implementada em outubro e às subsequentes liquidações em massa.