Neste artigo, vamos discutir:
Quem é Eugenia Kuyda?
Eugenia Kuyda é uma empreendedora e especialista em inteligência artificial, nascida na Rússia e atualmente residente em Nova York. Ela é cofundadora e CEO da Replika, uma startup reconhecida por desenvolver um chatbot de IA voltado ao apoio emocional e à promoção da saúde mental. Antes de sua atuação na Replika, Kuyda formou-se em Jornalismo, obtendo também mestrado na área, e posteriormente cursou Finanças na London Business School.
Sua carreira começou como colunista em um dos principais jornais da Rússia. Mais tarde, ela criou o Bribr, um aplicativo que permitia aos usuários reportar anonimamente tentativas de suborno. Entre 2014 e 2015, cofundou a Luka, uma startup de IA voltada para mensagens, que utilizava processamento de linguagem natural para viabilizar conversas com um chatbot. A Luka foi posteriormente adquirida por uma empresa chinesa em 2017, e foi nesse contexto que surgiu o desenvolvimento do Replika.
Desde seu lançamento, a Replika tem sido amplamente elogiada por sua proposta inovadora em saúde mental. O aplicativo permite que os usuários criem versões digitais de si mesmos — chamadas de “Replika” — para interações personalizadas com a tecnologia de IA. Com milhões de downloads e o apoio de investidores de renome, o projeto de Kuyda tem se consolidado globalmente. Além disso, ela já palestrou em conferências de tecnologia ao redor do mundo e tem sido destaque em diversas publicações por sua contribuição no campo da IA.
Kuyda em 2022
O ano de 2022 marcou um período de forte expansão para a Replika. O aplicativo ultrapassou a marca de 10 milhões de usuários em todo o mundo, refletindo um aumento de 35% no engajamento desde o início da pandemia de COVID-19, em 2020. Em julho, Kuyda participou do podcast *Deep End*, conhecido por entrevistar inovadores de diversos setores, onde foi amplamente elogiada pela experiência oferecida pelo chatbot.
A popularidade do Replika gerou questionamentos sobre o realismo da IA. Segundo relatos da empresa, alguns usuários chegaram a acreditar que o chatbot possuía consciência, com menções a supostas denúncias de abusos cometidas por programadores. A Replika, no entanto, esclarece em seu FAQ que “O objetivo do Replika é gerar respostas que soem mais realistas e humanas na conversa. Portanto, o Replika pode dizer coisas que não são baseadas em fatos.”
Em maio, a revista *Employee Benefit News*, especializada em recursos humanos, incluiu a Replika entre os 10 aplicativos de saúde mental mais populares. O crescimento da ferramenta acompanhou o aumento do uso de chatbots por empresas para automatizar tarefas e aumentar a produtividade.
Em agosto, Kuyda utilizou o Twitter para consultar seus milhares de seguidores sobre os elementos mais importantes de uma conversa, com o objetivo de refinar ainda mais o realismo da IA. Em novembro, discutiu com a Bloomberg o fenômeno de pessoas se apaixonarem por chatbots, inspirado no filme *Her*, de 2013.
Kuyda em 2023
Com o avanço constante da base de usuários da Replika e a crescente popularidade do conteúdo gerado por IA, Eugenia Kuyda enfrenta um cenário desafiador e promissor. Em entrevista ao *The New York Times* no início de 2023, ela relembrou sua entrada no campo da inteligência artificial quase uma década atrás, descrevendo aquele período como uma era distinta. Kuyda afirmou acreditar que o momento atual é ideal para o florescimento de aplicações de IA. Em janeiro, tuitou que espera ver “muito mais aplicações de IA em 2023”.