Em um desenvolvimento importante para a indústria de criptomoedas na América do Sul, a Argentina está visando impulsionar a adoção de criptomoedas explorando a colaboração do Bitcoin (BTC) com El Salvador. Diante da movimentação, as autoridades argentinas destacaram que, em 2021, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a incorporar a maior criptomoeda do mercado, o Bitcoin, junto com o dólar, como moeda oficial, e também é pioneiro no desenvolvimento de criptomoedas na região.
Em um comunicado oficial, a Comissão Nacional de Valores Mobiliários da Argentina (CNV) confirmou que o país avalia a cooperar com El Salvador na adoção do Bitcoin. Recentemente, os reguladores argentinos e salvadorenhos estiveram reunidos para discutir sobre os planos.
Roberto E. Silva e Patricia Boedo, presidente e vice-presidente respectivamente, da Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV) reuniram-se com o presidente da Comissão Nacional de Ativos Digitais (CNAD) de El Salvador, Juan Carlos Reyes, no intuito de discutir sobre as estratégias de regulamentação do Bitcoin em El Salvador. Durante as conversas, as autoridades destacaram o crescimento do uso de criptomoedas nas economias em geral e, em particular, no caso de El Salvador.
“El Salvador emergiu como um dos países líderes, não apenas no uso de bitcoin, mas também se destacou no mundo dos ativos criptos. “Criou uma comissão específica, a Comissão Nacional de Ativos Digitais (CNAD), e por isso tem uma experiência que é muito valiosa para a CNV neste momento.” Afirmou também que “Queremos estreitar os laços com a República de El Salvador e por isso vamos explorar a possibilidade de assinar acordos de colaboração com eles”, afirmou Silva.
Vale lembrar que, em dezembro, em meio ao cenário fiscal e regulatório da Argentina, o presidente Javier Milei apresentou um projeto de lei inovador focado na regularização de ativos não declarados, incluindo criptomoedas. Este projeto, parte integrante da “Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos”, propõe um caminho para que detentores de criptoativos regularizem sua situação fiscal com o pagamento de multas reduzidas.