David Chaum, renomado desenvolvedor cripto, anunciou um novo aplicativo de mensagens particulares, intitulado como “XX Messenger”, o qual dize ter resistência quântica, sendo capaz de proteger o conteúdo da mensagem de todos os esforços de descriptografia atualmente conhecidos; protegendo assim quem envia e quem recebe a mensagem, além dos dados de localização, que não podem ser interceptados ou rastreados por invasores.
O aplicativo já está disponível nas lojas de aplicativos da Apple e Android, sendo creditado como desenvolvido pela empresa Elixxir e não possui classificação indicativa e nem avaliações ainda que possam ser exibidas em uma média das plataformas digitais. O aplicativo é gratuito.
O inventor do app, David Chaum, é conhecido por fazer a primeira proposta conhecida de um protocolo blockchain, lá no ano de 1982. Ele também desenvolveu o ecash, aplicativo de dinheiro eletrônico que protegia as informações pessoais de um usuário também baseado em criptografia; e é tido como um precursor do Bitcoin.
Em entrevista ao Cointelegraph, Chaun afirmou que a segurança do XX Messenger depende de um protocolo mixnet descentralizado, que garante que mesmo as buscas mais determinadas não possam dizer com quem você está falando.
O plano atual é aumentar rapidamente o número de nós [de 350] para 550, com novos aumentos planejados à medida que o protocolo e seu software amadurecem”, revelou Chaun.
No entanto, não é apenas o XX Messenger que garante ampla proteção em caso de invasão no sistema, já que outros aplicativos de mensagens como o Signal, Telegram e o Whats’App também afirmam máxima proteção, afirmando que a privacidade do usuário é tida com muito cuidado, utilizando criptografia de ponta a ponta e criptografia cliente-servidor, respectivamente.
No entanto, dessas, Chaum reconheceu que a única que teve impacto em seu trabalho foi a que utiliza o Signal, mas apontou uma limitação na privacidade do aplicativo.
O próprio Signal, assim como muitos intermediários, pode ver com quem você fala, quando e quanto. E vários governos costumam usar essa informação”, finalizou.