Em uma recente publicação, Vitalik Buterin, fundador do Ethereum, se atentou a um conceito de NFTs Soulbound inspirados em World of Warcraft, dando ênfase especial à ideia de que esses NFTs não podem ser vendidos ou separados de seus proprietários.
Buterin afirmou que o efeito de World of Warcraft com seus “soulbound”, um conceito no jogo que permite aos jogadores possuir itens com toda a exclusividade, proibindo sua venda ou separando de seus donos originais, podem existir no conceito dos NFT.
Embora os NFTs transferíveis tenham seu lugar e possam ser valiosos por conta própria para apoiar artistas e instituições de caridade, também há um espaço de design grande e pouco explorado do que os NFTs não transferíveis podem se tornar”, comentou Buterin.
Ele ainda sugeriu que os NFTs atuais oferecem valor de sinalização social, que faz com que os usuários que os adquiram é puramente para mostrar o poder de sua riqueza. “E se quisermos criar NFTs que não sejam apenas sobre quem tem mais dinheiro, e que tentem sinalizar outra coisa?” questionou.
Saindo um pouco do conceito de Soulbound do World of Warcraft, Vitalik Buterin detalhou que a ideia pode ser como POAP ou protocolo de prova de presença, um padrão que auxiliaria os projetos no envio de NFTs que representam a ideia de que o destinatário participou pessoalmente de algum evento.
O fundador de Ethereum ainda falou sobre os tokens de administração, que também podem ser como o Soulbound, dando o exemplo do City DAO. Ele também afirmou que os tokens de governança limitariam o poder de administrador nas mãos de pessoas erradas e permitiriam o poder de voto “para as pessoas que vivem na cidade”.
Por fim, ele também se atentou a falar da privacidade dos itens vinculados às pessoas, destacando que seriam necessários avanços tecnológicos consideráveis para garantir que os dados em cadeia não fossem mapeados publicamente, dando como solução o uso de zk-SNARKs para combater o problema de vazamentos de dados.