A União Europeia (UE) anunciou a proibição do fornecimento de serviços de criptoativos de alto valor para a Rússia, como parte de um quinto pacote de sanções impostas em resposta ao país, após o início do conflito contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Segundo a UE, a medida irá contribuir para fechar potenciais brechas nas restrições existentes; além de também ter sido anunciada juntamente com proibições a quatro bancos russos, importações de carvão e conselhos sobre fundos de ocultação de riqueza a oligarcas.
De acordo com uma declaração feita pelo Conselho da União Europeia, que representa os governos nacionais dentro do bloco, as medidas estendem a proibição de depósitos a carteiras de criptomoedas.
Respondendo a perguntas nos últimos dias, a comissão disse que as criptomoedas já estavam incluídas nos congelamentos de ativos existentes e, no mês passado, havia estendido a definição de “títulos transferíveis” para incluir os ativos digitais.
Essa não é a primeira manifestação de um órgão do continente a se opor e preocupar sobre o uso de criptomoedas como brechas às criptomoedas, já que em outra oportunidade, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, fez um alerta sobre o uso das criptomoedas para evitar sanções, apesar de poucas evidências que provem a afirmação.
Durante uma aparição na Cúpula de Inovação do Banco de Compensações Internacionais, no final de março, Lagarde afirmou que os provedores de serviços cripto poderiam ser “cúmplices” de contornar as sanções contra a Rússia, e os ativos criptográficos foram e continuavam a ser uma ameaça.
Ela também citou a quantidade de rublos russos entrando em criptomoedas e stablecoins, que aumentaram nos últimos dias, subindo para uma alta de nove meses, mesmo quando a moeda tradicional do país caiu para mínimos recordes em relação ao dólar devido ao conflito e às pesadas sanções na tentativa de isolar sua economia russa.