A União Europeia (UE) confirmou nesta quarta-feira (09) que as sanções econômicas impostas contra a Rússia e a Bielorrússia por causa do conflito em andamento na Ucrânia, incluirá criptomoedas e os demais ativos relacionados, como títulos transferíveis.
Em um comunicado publicado em seu site oficial, a União Europeia disse que os criptoativos se enquadram na categoria de títulos transferíveis, como uma classificação que não está no projeto de regulamento da UE sobre ativos digitais, conhecidos como MiCA, que devem ser votados em um comitê na próxima semana, após adiamento na semana passada.
Além disso, o comunicado também confirmou o entendimento comum de que empréstimos e crédito podem ser fornecidos por qualquer meio, incluindo os criptoativos.
Na semana passada, os ministros das finanças da UE e outras autoridades discutiram a mudança por meio de uma videoconferência, à medida que crescia a preocupação de que as criptomoedas poderiam ser usadas como uma saída para movimentar dinheiro dentro e fora da Rússia. Na época, muitas grandes empresas de criptomoedas se comprometeram a honrar as sanções, resistindo aos pedidos de proibições gerais.
Desde o início da invasão da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro, empresas como Revolut, PayPal e Google bloquearam os usuários russos de utilizar seus serviços.
Contudo, as principais exchanges de criptomoedas se mostraram resistentes aos bloqueios, congelamentos e demais sanções econômicas aos usuários residentes na Rússia, afirmando que qualquer tipo de ação restritiva iria contra o ethos existente no espaço criptográfico, que afirma o livre acesso ao sistema financeiro aberto e criptográfico.