- Bitcoin reafirma liderança após atingir 58% de domínio.
- Ethereum enfrenta queda contínua de participação no mercado.
- Análises divididas sobre o futuro do domínio do Bitcoin.
No dia 16 de setembro, o domínio do Bitcoin alcançou a impressionante marca de 58%, um patamar não visto desde abril de 2021, conforme dados da TradingView. Esse aumento significativo ocorre após um período de quase dois anos de crescimento constante, destacando-se especialmente após os desafios enfrentados pelo mercado no fim de 2022.
Em novembro do ano passado, especificamente após o colapso da FTX, o valor do Bitcoin sofreu uma queda acentuada, atingindo o mínimo de US$ 16.000 durante um período considerado extremamente desfavorável para o mercado. Desde então, uma recuperação foi observada, impulsionando não apenas o Bitcoin, mas também afetando negativamente outras criptomoedas, como o Ethereum. Este último viu sua participação de mercado reduzir consideravelmente, caindo 30% no último ano e alcançando menos de 14% pela primeira vez em mais de três anos.
À medida que o domínio do Ethereum diminuiu, o Bitcoin viu sua participação aumentar correspondentemente. Em um comentário recente, ‘Rekt Capital’ salientou a importância desses números. No último fechamento semanal, a dominância do Bitcoin foi registrada em 57,68%, ultrapassando um nível de suporte/resistência chave, um fenômeno que não ocorria desde abril de 2019.
“A última vez que isso aconteceu, iniciou-se uma tendência de alta no domínio do Bitcoin que alcançou 71% nos meses seguintes,” analisou o especialista.
Queda nas Transações com Exchanges de Bitcoin Pode Sinalizar Otimismo
Uma recente análise de CryptoQuant Quicktake destacou uma diminuição notável no número de “Bitcoin Exchange Depositing Addresses”, um indicador que monitora os endereços únicos que transferem bitcoins para as exchanges. Este fenômeno é visto com um olhar duplo: por um lado, sugere uma menor pressão de venda, enquanto por outro, indica uma possível mudança de confiança no ecossistema das criptomoedas.
A alta nesse indicador normalmente aponta para um aumento nas transferências para carteiras de exchanges centralizadas, comumente associadas à venda de bitcoins. Assim, um valor elevado pode gerar uma perspectiva negativa para o valor do ativo. Contudo, o recente declínio observado pode estar sugerindo um cenário mais otimista para o futuro do Bitcoin.
O gráfico fornecido pela CryptoQuant ilustra uma tendência de redução nos endereços de depósito desde o final de 2021. Este padrão reflete uma redução no interesse dos investidores em utilizar essas plataformas centralizadas para gestão de suas criptomoedas.
Apesar de uma breve recuperação nos endereços de depósito durante o pico de preço do Bitcoin no início do ano, o indicador voltou a cair, registrando uma queda ainda mais acentuada após a fase de consolidação do preço do ativo. “O interesse em vender bitcoins por meio de exchanges diminuiu consideravelmente entre os investidores”, observa um analista da CryptoQuant.
Adicionalmente, 2023 marcou a aprovação dos ETFs à vista pela Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA, o que atraiu um novo perfil de investidores. Os ETFs à vista oferecem uma forma de exposição ao Bitcoin mais familiar para investidores tradicionais, que podem não estar confortáveis com o manejo de carteiras e exchanges cripto.
Desde o hype inicial do início do ano, ficou evidente que as exchanges estão perdendo sua relevância, em parte devido à migração para os ETFs à vista. Essa transição foi inicialmente ofuscada pela euforia do mercado, mas a realidade se tornou clara à medida que o entusiasmo se dissipou.
No momento da publicação, o preço do BTC estava cotado em US$ 59.125,05 com alta de 0,5% nas últimas 24 horas.