Enquanto o universo das criptomoedas continua se expandindo, a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) decidiu voltar seus olhos para um segmento em particular desse mercado: as Finanças Descentralizadas, ou DeFi.
Em uma tentativa de compreender e, talvez mais importante, de regular este emergente mercado, a ESMA publicou recentemente dois artigos que mergulham fundo no ecossistema DeFi.
O principal argumento destacado pela autoridade é a preocupação com a proteção dos investidores. Eles mencionam que o DeFi, com sua natureza altamente especulativa, pode levar a riscos operacionais e de segurança. No entanto, é interessante notar que, mesmo com todas essas preocupações, a ESMA acredita que o DeFi não representa um risco significativo para a estabilidade financeira como um todo.
Uma das razões para tal afirmação poderia ser a capitalização atual das Finanças Descentralizadas em relação ao mercado de criptomoedas em geral. Para se ter uma ideia, os números mostram que o Total Value Locked (TVL) no DeFi era de US$ 45 bilhões em junho deste ano.
Isso pode parecer muito, mas quando colocamos isso em perspectiva com a capitalização total do mercado de criptomoedas, que ficou em torno de US$ 1,06 trilhão, esse valor representa apenas 4%. Ainda mais intrigante é que, desde então, o valor total registrado diminuiu para US$ 36,9 bilhões, o que é equivalente a cerca de 3,5% do mercado total de criptomoedas.
Embora o foco tenha sido principalmente nos riscos, é evidente que a ESMA também reconhece a crescente relevância das Finanças Descentralizadas. E enquanto a discussão avança, o equilíbrio entre inovação e regulamentação será crucial para garantir que os investidores estejam protegidos, mas sem sufocar a inovação que é a marca registrada desse setor.