A Tether, líder em emissão de stablecoin, revelou um lucro robusto de US$ 4,52 bilhões no primeiro trimestre do ano. No fechamento do período, em 31 de março, a companhia possuía uma expressiva carteira de US$ 91 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA, além de US$ 5,4 bilhões em Bitcoin. Esses números colocam a Tether na 19ª posição entre os maiores detentores globais de títulos do Tesouro dos EUA, à frente da Alemanha e logo após a Coreia do Sul.
A dinâmica global do mercado de títulos tem visto mudanças significativas. A China reduziu suas participações de US$ 869 bilhões para US$ 767 bilhões no último ano, enquanto o Japão, detentor da maior parcela com aproximadamente US$ 1,2 trilhão, também considera reduzir suas reservas devido à desvalorização do iene. Essas transformações sublinham o crescente impacto das stablecoins como a Tether no cenário financeiro mundial.
Paul Ryan, ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, destacou a necessidade de regulamentar as moedas estáveis. Em um vídeo divulgado pelo Radar on X, Ryan afirmou que “a crescente demanda por títulos do Tesouro e a consolidação do dólar americano como uma força dominante no mercado de ativos digitais requerem uma regulamentação atenta”.
Os investimentos substanciais da Tether em títulos do Tesouro dos EUA são uma mostra de seu papel vital no suporte à estabilidade do dólar digital. A abordagem da empresa reflete uma tendência onde os ativos digitais se tornam cada vez mais centrais para o ecossistema financeiro tradicional, não apenas estabilizando seus tokens, mas também potencializando a demanda por dívida governamental dos EUA.
O apelo de Ryan por uma regulamentação adequada reforça a necessidade de um arcabouço regulatório robusto para as stablecoins, garantindo operações transparentes e seguras, protegendo investidores e sustentando a estabilidade financeira global.