- Ripple critica SEC por termos sem base legal.
- SEC questionada por termologia confusa em tribunal.
- Alderoty aponta inconsistência em decisões da SEC.
A terminologia “título de criptoativos” empregada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) vem sendo alvo de críticas pelo diretor jurídico da Ripple Labs, Stuart Alderoty. Segundo ele, essa nomenclatura não possui fundamento legal e é considerada uma invenção do órgão regulador.
Recentemente, a SEC emitiu um alerta sobre a possibilidade de contestar o uso de stablecoins pela falida exchange FTX para realizar pagamentos a credores, classificando parte de seu portfólio como “títulos de criptoativos”. Em resposta, Alderoty acusou a SEC de tentar “enganar os juízes” com o uso desse termo.
“A SEC precisa parar de tentar enganar os juízes usando isso,” Alderoty expressou em sua publicação no X em 2 de setembro, reforçando que o termo não é encontrado em nenhum estatuto legal.
A questão também foi levantada durante uma disputa legal entre a SEC e a exchange de criptomoedas Kraken, onde o Tribunal Federal do Distrito Norte da Califórnia destacou que o conceito de “segurança de ativos criptográficos” é, no mínimo, obscuro e, no máximo, confuso.
Adicionalmente, Alderoty criticou a abordagem da SEC em relação ao mercado de NFTs, especificamente um aviso ao OpenSea. Ele mencionou uma decisão histórica da SEC, que data de 1976, envolvendo uma galeria de arte. Na ocasião, foi decidido que a galeria não precisava se registrar na SEC, mesmo promovendo vendas com motivos de investimento, desde que não fizessem declarações falsas ou descobrissem “fatos ou condições diferentes” que pudessem alterar a decisão.
Esse precedente levanta questões sobre a consistência e a clareza das decisões regulatórias da SEC em relação aos novos ativos digitais e sua classificação como títulos financeiros.