O chefe interino do Office of the Comptroller of the Currency (OCC), Michael Hsu, comentou que as stablecoins devem ter o mesmo tipo de iniciativa de definição de padrões visto anteriormente na criação de práticas comuns da web nos primeiros dias da internet, nesta quarta-feira (27), durante um comunicado da OCC.
Para garantir que as stablecoins sejam abertas e inclusivas, acredito que uma iniciativa de definição de padrões semelhante à realizada pela [Força-Tarefa de Engenharia da Internet] e pelo [World Wide Web Consortium] precisa ser estabelecida, com representantes não apenas de empresas de criptografia/Web3, mas também incluindo acadêmicos e governo”, pontuou Hsu.
Hsu também confirmou que o OCC está disposto a trabalhar com outras partes do governo dos Estados Unidos, como o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, para chegar a esses padrões, argumentando que as stablecoins carecem de definições compartilhados e não são interoperáveis.
O OCC e outras agências financeiras dos EUA já estão envolvidos há algum tempo em uma abordagem futura para supervisionar stablecoins, depois de concordarem no Grupo de Trabalho do presidente Biden em Mercados Financeiros, que os emissores de tokens deveriam ser tratados como bancos regulamentados.
Na época, um grupo de reguladores dos EUA pediu aos legisladores que sujeitem os emissores de stablecoins à mesma supervisão federal estrita dos bancos, exigindo que os provedores de carteira de custódia fossem regulamentados por uma agência federal e limitados às interações dos emissores de stablecoin com empresas não financeiras, como provedores de tecnologia ou telecomunicações.
Toda a movimentação feita entre os legisladores americanos se tratou de um esforço para controlar esse segmento que movimenta cerca de US$ 138 bilhões do mercado de criptomoedas, tentando mitigar os riscos que eles acreditam que as stablecoins representam para consumidores, mercados e sistema financeiro. Stablecoins, ou criptomoedas atreladas ao valor de outro ativo, como o dólar americano, cresceram nos últimos dois anos.
Além disso, o chefe do OCC também é membro do Financial Stability Oversight Council, que estuda se deve tratar as stablecoins como um risco potencial para o sistema financeiro dos Estados Unidos.