A SEC regulador financeiro dos EUA iniciou uma investigação para verificar se a Coinbase permite que seus clientes negociem criptomoedas que deveriam ter sido registrados como títulos, informou a Bloomberg citando três pessoas familiarizadas com o assunto.
Isso ocorre dias depois que a SEC e o Departamento de Justiça acusaram conjuntamente um ex-funcionário da Coinbase e dois de seus associados de insider trading. A SEC disse no processo judicial que a Coinbase listou “pelo menos nove” ativos criptos que poderiam ser classificados como títulos, ecoando os avisos que o presidente da agência, Gary Gensler, fez em repetidas ocasiões no ano passado.
De acordo com o relatório da Bloomberg, a SEC está de olho na Coinbase desde que começou a oferecer uma gama mais ampla de tokens criptográficos para negociação. As fontes pediram que seu anonimato fosse preservado, pois o inquérito não foi anunciado publicamente.
As alegações de insider trading serviram como outro golpe para a Coinbase, que enfrenta críticas contínuas da indústria por seu duvidoso processo de listagem de ativos. Personalidades proeminentes de criptomoedas como Cobie zombaram da escolha de ativos suportados da Coinbase no passado, enquanto outros pediram que os funcionários responsáveis por lidar com suas listagens fossem demitidos após as atualizações da SEC.
A SEC atualmente toma uma decisão sobre se um ativo pode ser classificado como um título com base no Howey Test, uma decisão estabelecida pela Suprema Corte dos EUA em um caso de 1946. O Howey Test refere-se à Lei de 1933 e avalia se os participantes do mercado compram um instrumento (como um token de cripto) com a expectativa de lucro com base nos esforços de terceiros. Sob a visão da SEC, se um investidor pode comprar um token criptográfico com a expectativa de lucro com base no trabalho de uma equipe central, por exemplo, esse token pode ser classificado como um título com base no Howey Test.