Em uma movimentação que chamou atenção no mercado de criptomoedas, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) decidiu adiar a resposta ao pedido da Cboe Global Markets para oferecer negociação de opções de ETFs de Bitcoin. Este atraso, que se estende até abril, destaca os desafios regulatórios e a complexidade inerentes ao Bitcoin como classe de ativo.
A solicitação da Cboe é particularmente notável, pois requer exceções às normas vigentes, que geralmente facilitam a listagem de opções em um Produto de Troca Comercial (ETP) logo após o início de sua negociação. Este pedido sublinha a importância das aprovações tanto da SEC quanto da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), necessárias para que a Options Clearing Corporation (OCC) possa gerenciar estas opções, evidenciando a Cboe’s disposição em avançar assim que receber o sinal verde dos órgãos reguladores.
Não apenas a Cboe enfrenta este adiamento. Propostas semelhantes da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e da Nasdaq, buscando introduzir uma variedade de produtos financeiros baseados em Bitcoin e outras commodities, também foram postergadas para abril. Este cenário não deteve o avanço de produtos como o ETF IBIT da BlackRock, que alcançou sucesso notável, quebrando recordes de volume de negociação e atraindo um fluxo substancial de investimentos, refletindo um robusto interesse dos investidores por criptomoedas.
O crescente entusiasmo em torno do Bitcoin impulsionou seu valor para novos patamares, apesar de uma subsequente queda notável. Atualmente, observa-se uma recuperação no preço do Bitcoin, indicando um retorno à sua performance anterior.
A SEC não está apenas focada nas opções de ETFs de Bitcoin. Está também em processo de revisão de propostas para ETFs de Ether (ETH) de grandes entidades como BlackRock e Fidelity, além de um pedido da Coinbase. Essas decisões igualmente foram adiadas, com a SEC abrindo espaço para comentários e feedback do público.
A preocupação com a aprovação desses ETFs de Ether gira em torno do potencial aumento no risco de concentração dentro da rede Ethereum. Relatórios da S&P Global Ratings apontam para o impacto significativo que grandes ETFs, especialmente aqueles envolvidos em staking, poderiam ter na distribuição de validadores na rede, com a possibilidade de exacerbarem as questões de centralização, principalmente se optarem por staking através de grandes custodiantes, como a Coinbase.