O Sberbank, principal banco russo, criou um fundo negociado em bolsa de blockchain (ETF) incentivado por empresas da indústria de criptomoedas, como a Coinbase e a Galaxy Digital. Este é o primeiro produto desse tipo na Rússia, que permite que investidores locais atuem no mercado de ativos digitais sem ter que comprar, armazenar ou vender tokens.
O fundo se chama “Sber Blockchain Economy” e será negociado sob o nome de SBBE. O ETF segue o índice homônimo desenvolvido pela subsidiária de investimentos do banco, a SberCIB, que inclui títulos de empresas cujas principais atividades estão relacionadas à tecnologia de blockchain.
O índice também é composto por empresas produtoras de hardware e software para mineração de criptomoedas e até mesmo entidades que prestam consultoria no setor. Alguns dos maiores nomes que fazem parte do portfólio da SBBE são a bolsa americana Coinbase, o provedor de software blockchain Digindex e a empresa de investimentos de Mike Novogratz, Galaxy Digital.
Comentando a iniciativa, Evgeny Zaitsev, diretor geral do Sberbank, afirmou que dificilmente sobrou alguém que nunca ouviu falar em blockchain. Em sua opinião, a tecnologia está se desenvolvendo rapidamente e está simplesmente além do poder de um investidor comum controlá-la.
Ele acrescentou que os investimentos diretos em bitcoin ou moedas alternativas estão associados a riscos elevados. Assim, o novo produto permitiria que as pessoas investissem não em ativos digitais, mas sim em empresas que garantam o desenvolvimento de tecnologias de blockchain.
O ETF pode ser uma boa oportunidade para os locais entrarem no movimento das criptomoedas, já que o banco central da Rússia anunciou há algumas semanas que está propenso a proibir investimentos diretos em ativos digitais, afirmando que o bitcoin e os altcoins são empregados em atividades criminosas e, como tal, a alocação de fundos para eles deve ser proibida.
Mesmo assim, semanas depois, Sergey Shvetsov, membro do Conselho de Administração do Banco da Rússia, comentou em uma nota, em tom de maior cautela, mas ressaltou que comprar bitcoin é igual a “entrar em um campo minado”.