Em um evento alarmante no universo das criptomoedas, a Bittensor viu-se obrigada a cessar suas operações de rede no dia 3 de julho, devido a uma série de roubos que resultaram na perda de ao menos $8 milhões em ativos digitais. A paralisação foi uma tentativa de mitigar danos após descobertas de retiradas fraudulentas das carteiras dos usuários.
O cofundador da Bittensor, Ala Shaabana, comunicou através de um anúncio no mesmo dia que medidas emergenciais haviam sido tomadas. “Como atualização, contivemos o ataque e colocamos a cadeia em modo seguro (blocos produzindo, mas nenhuma transação é permitida). Ainda estamos no meio da investigação e considerando todas as possibilidades”, afirmou Shaabana. Este tipo de ação sublinha as dificuldades enfrentadas pelo setor em se proteger contra hacks, que têm sido um obstáculo significativo para a adoção mais ampla das tecnologias cripto.
O roubo em questão foi inicialmente detectado pelo investigador onchain pseudônimo ZachXBT, que revelou os detalhes via uma mensagem de Telegram também datada de 3 de julho. “O Bittensor foi interrompido devido a roubos adicionais hoje cedo, possivelmente como resultado de vazamento de chave privada”, reportou ZachXBT. Segundo as investigações, um endereço desconhecido, identificado apenas como “5FbW”, conseguiu extrair aproximadamente 32.000 tokens Bittensor (TAO), equivalentes a cerca de $8 milhões.
Esta não é a primeira vez que a rede enfrenta problemas de segurança. Apenas um mês antes, outra carteira foi comprometida, resultando na perda de $11,2 milhões em tokens TAO. As vulnerabilidades dos contratos inteligentes têm sido historicamente apontadas como as principais portas de entrada para ataques, mas o ano de 2023 mostrou uma tendência preocupante com os vazamentos de chaves privadas superando esses incidentes, como aponta o relatório “2024 Crypto HackHub Report” da Merkle Science. “Os hackers estão optando por alvos mais fáceis”, observa Mriganka Pattnaik, cofundadora e CEO da Merkle Science.