- Riot mantém 19,9% na Bitfarms após negociações.
- Bitfarms reformula conselho e estratégia de defesa acionária.
- Possibilidade de futuras negociações dependendo do mercado.
A Riot Platforms, empresa norte-americana no setor de criptomoedas, e a Bitfarms, gigante canadense de mineração, anunciaram o término de um processo de aquisição planejado pela Riot. Este desfecho, comunicado em 23 de setembro de 2024, marca uma nova fase na relação entre as duas empresas, com a Riot optando por manter uma participação de 19,9% na Bitfarms, ao invés de buscar controle total imediato.
Dentro dos termos ajustados, a Riot retirou sua solicitação para uma assembleia especial dos acionistas da Bitfarms, uma manobra que evita um aprofundamento nas tentativas de aquisição. Como resposta, a Bitfarms promoveu alterações significativas em seu conselho administrativo, fortalecendo a estrutura para revisões estratégicas futuras. Uma das alterações mais notáveis foi a nomeação de Amy Freedman no lugar de Andrés Finkielsztain, que renunciou. Freedman é reconhecida por sua proficiência em governança corporativa e assumirá posições cruciais nos Comitês de Governança e Nomeação e de Compensação da empresa.
A iniciativa da Riot em adquirir uma participação maior na Bitfarms, que começou com uma oferta não solicitada de 950 milhões de dólares em maio, teve repercussões internas na Bitfarms. O interesse contínuo da Riot foi visto com preocupação pelo Comitê Especial de Diretores Independentes da Bitfarms, que sentiu que as ações da Riot poderiam comprometer a integridade de seu processo estratégico de revisão. A oferta foi vista como uma subavaliação da Bitfarms, levando à adoção de medidas defensivas para preservar o valor para os acionistas.
Apesar do acordo firmado, a Riot permanece com uma porção significativa das ações da Bitfarms e deixa aberta a possibilidade de revisitar sua estratégia de investimento baseada no desempenho da Bitfarms e nas condições de mercado futuras. Por ora, as duas entidades parecem focadas em suas agendas estratégicas separadas, alcançando uma trégua que permite à Bitfarms mais liberdade para explorar suas opções sem a pressão de uma aquisição iminente.
A Riot opta agora por uma postura de observação, aguardando desenvolvimentos futuros, enquanto a Bitfarms se dedica a maximizar suas oportunidades estratégicas sem a ameaça imediata de uma tomada de controle.