A secretária de finanças e planejamento do Rio de Janeiro, Andrea Senko, revelou recentemente em uma entrevista que sua equipe está procurando impulsionar a adoção do Bitcoin (BTC) adicionando ativos digitais ao portfólio do tesouro da cidade.
Senko acredita que, ao integrar o Bitcoin à estrutura financeira, social e tecnológica do Rio de Janeiro, a cidade pode se posicionar como um destino para entusiastas de moedas digitais (de todo o mundo) e se estabelecer como o principal hub de criptomoedas do Brasil. Para ajudar nesses esforços, a prefeitura criou o Comitê Municipal de Investimentos em Criptomoedas (CMCI), cuja função, segundo Senko, é a seguinte:
“O Comitê Municipal de Criptoinvestimentos (CMCI), criado em março de 2022, trabalha em uma política de investimento em criptoativos e um modelo de governança para tomada de decisões.”
Ao alocar 1% dos cofres do prefeito para Bitcoin, ela disse que a compra e venda seriam feitas em conjunto com os principais economistas e analistas de mercado para identificar e contabilizar qualquer volatilidade e riscos potenciais que possam ocorrer no futuro. Embora o Rio de Janeiro pareça estar à frente com seus primeiros passos na adoção do Bitcoin, nenhum outro município local no Brasil demonstrou interesse em realizar tal experimento. A iniciativa de isolamento ganhou força em nível nacional.
O governo central do Brasil publicou recentemente um documento detalhado descrevendo um imposto de 0% sobre a importação de equipamentos de mineração Bitcoin, com o único aviso de que o equipamento deve ser alimentado inteiramente por energia renovável. O Brasil possui atualmente uma das mais importantes matrizes de energia verde (redes) do mundo, em grande parte graças à abundância de hidroeletricidade. Portanto, uma legislação mais focada em criptomoedas pode ajudar a liberar o potencial de mineração do país no médio prazo.
Várias outras cidades começaram a integrar o Bitcoin com diferentes capacidades, incluindo Lugano na Suíça, Fort Worth nos Estados Unidos e Miami. Ao mesmo tempo, países como El-Salvador e a República Centro-Africana também legalizaram o uso do BTC dentro de suas fronteiras. O governo local do Rio de Janeiro cativou o mundo por mais de meio ano com sua adoção em massa do Bitcoin.
Alguns meses atrás, o prefeito Eduardo Paes se reuniu com o prefeito de Miami Francis Suarez que também planeja incorporar o Bitcoin na estrutura de governança de Miami – para discutir a alocação de 1% do tesouro do Rio para ativos de criptomoedas. O governo do Rio de Janeiro também está disposto a recolher impostos na forma de Bitcoin, com descontos oferecidos a pessoas físicas que optem por pagar impostos via criptomoeda para promover o BTC como meio de pagamento.