A fintech britânica Revolut anunciou o bloqueio para pagamentos para dois países envolvidos nos conflitos recentes no leste europeu: a Rússia e a Bielorrússia.
O banco se juntou a outras entidades e também parou de suportar as transferências de dinheiro e criptomoedas para entidades na Rússia e na Bielorrússia a partir das 12h (horário local) do último 4 de março, de acordo com fontes cientes do bloqueio. Além disso, os usuários também não podem mais recarregar suas contas Revolut usando cartões emitidos por instituições financeiras na Rússia ou na Bielorrússia.
A notícia vem em meio a amplas sanções econômicas contra a Rússia, após o país presidido por Vladimir Putin invadir a Ucrânia, desde o dia 24 de fevereiro. Desde então existia uma grande pressão para que bancos, fintechs e corretoras de criptomoedas aplicassem ou fosse de acordo com as sanções impostas por países como Inglaterra e Estados Unidos.
No início desta semana, a empresa de entrega Wise suspendeu seus serviços na Rússia e, pouco depois, Zepz, TransferGo e Remitly tomaram medidas semelhantes.
A Revolut foi fundada em 2015, oferecendo uma grande diversidade de serviços de pagamentos, investimentos e gestão de dinheiro via aplicação mobile. A startup se tornou a empresa privada de tecnologia mais valiosa da história do Reino Unido quando arrecadou US$ 800 milhões em julho do ano passado.
O conflito na Ucrânia é de grande importância para os cofundadores da Revolut, Nikolay Storonsky e Vlad Yatsenko, que nasceram na Rússia e na Ucrânia, respectivamente, além de possuírem cidadania britânica.
No início dessa semana, Storonsky fez uma declaração em carta aberta condenando a guerra e chamando de “errada e totalmente abominável”. A Revolut tem mais de 2.150 funcionários baseados na Rússia e na Ucrânia, e Storonsky disse que precisava considerar o bem-estar dos que estão na Rússia antes de fazer qualquer declaração sobre o conflito.
Eles não fizeram nada de errado; eles simplesmente ajudaram a construir a Revolut, sustentando suas próprias famílias com seu trabalho árduo, assim como seus colegas na Ucrânia. Eu estava e continuo atento a eles em todas as minhas ações”, disse Storonsky.