De acordo com o relatório, a Binance, pode ter permitido que bilhões de dólares em fundos hackeados fossem transacionados por meio de sua plataforma, segundo o relatório investigativo da Reuters. O relatório aponta que a Binance supostamente processou mais de US$ 2,35 bilhões em fundos roubados entre 2017 e 2021.
Esses fundos foram calculado a partir de registros judiciais, declarações de autoridades e com a ajuda de empresas de análise de blockchain, que poderiam ter sido usado por hacks, para fazer fraudes de investimento e vendas ilegais de drogas. A empresa de pesquisa Blockchain Chainalysis afirmou que a Binance processou US$ 770 milhões em fundos criminais apenas em 2019.
A reportagem da Reuters destaca quem um dos grupos beneficiado seria o Lazarus Group, entidade que supostamente teria lavado dinheiro por meio da Binance, sindicato de origem norte-coreano, que pratica crimes cibernéticos e foi responsável por hackear US$ 550 milhões da Ronin no ano passado. Embora a Binance tenha trabalhado com a polícia para identificar e congelar US$ 5 milhões do hack, o valor que conseguiu passar pela exchange não é muito claro.
Ainda segundo o relatório investigativo da Reuters, a Hydra, um mercado gigante da darknet russo, usava criptomoedas para a venda e compra de drogas, também teria usado a Binance para processar mais de US$ 780 milhões desde o início de 2018.
O relatório também diz que a binance foi usada por grupos de crime organizado da Europa, onde teriam feito ataques a aposentados na Alemanha, Áustria, Espanha e poderiam ter lavado mais de US$ 800 milhões em ganhos falsos em sites de negociação por meio de exchanges de criptomoedas.
O relatório diz que a Binance foi escolhida para os ataques por causa de suas verificações de identidade de know-your-customer (KYC) que anteriormente eram mais flexíveis. Com (KYC) mais rígido o tráfego entre Binance e Hydra caiu drasticamente após a atualização em agosto de 2021.