- Aumento drástico em malware bancário móvel em 2024.
- Mamont domina como principal malware em dispositivos móveis.
- Necessidade de vigilância contínua contra ataques personalizados.
No cenário digital de 2024, uma explosão nos ataques de malware bancário em smartphones marca uma virada preocupante para usuários de Android e iPhone. Segundo um recente estudo da Kaspersky, houve um aumento de 258% no número de dispositivos móveis infectados em comparação ao ano anterior.
De acordo com o relatório, o número de vítimas de trojans bancários saltou de 69.200 em 2023 para impressionantes 247.949 em 2024. Este aumento reflete uma mudança tática dos cibercriminosos, que agora preferem mirar nos usuários de dispositivos móveis.
O malware mais prevalente que visou contas bancárias foi o Mamont, responsável por cerca de 36,7% dos ataques em 2024. “Este malware surgiu no final de 2023 e é distribuído principalmente na Rússia e na CEI, variando seus métodos de ataques desde golpes antigos até engenharias sociais mais complexas, envolvendo lojas online falsas e aplicativos de rastreamento de entrega,” explicou a empresa.
O alcance do malware bancário móvel não se limitou a um único território, com países da Europa e da Ásia sendo os mais atingidos em 2024. Por outro lado, os malwares destinados a PCs mostraram maior prevalência em países da Ásia Central. A Kaspersky destacou um aumento considerável de casos no Afeganistão, onde a incidência de trojans bancários subiu de 6% em 2023 para 9% em 2024, seguido por Turcomenistão e Tajiquistão.
TOP 20 países por parcela de usuários atacados
País* | %** |
Afeganistão | 9.2 |
Turcomenistão | 8.8 |
Tajiquistão | 6.2 |
Síria | 2.9 |
Iémen | 2.6 |
Cazaquistão | 2,5 |
Suíça | 2.3 |
Quirguistão | 2.2 |
Uzbequistão | 2.1 |
México | 1.6 |
Angola | 1.5 |
Mauritânia | 1.5 |
Nicarágua | 1.5 |
Guatemala | 1.3 |
Argentina | 1.1 |
Paraguai | 1.1 |
Burundi | 1.1 |
Bolívia | 1 |
Uruguai | 1 |
Bielorrússia | 0,9 |
Olga Svistunova, analista sênior da Kaspersky, alerta para o futuro: “Esperamos que o phishing financeiro se torne ainda mais personalizado e direcionado, explorando vulnerabilidades em hábitos digitais diários dos usuários. Isso exigirá deles maior vigilância e abordagens mais robustas para proteção.”