Após a falência da exchange cripto FTX, a Comissão de Caridade da Inglaterra e do País de Gales começou a investigar a Effective Ventures Foundation, uma instituição de caridade que é apoiada pelo fundador da exchange, Sam Bankman-Fried, conforme informou em 30 de janeiro.
De acordo com a nota divulgada pela Comissão, até o momento, não há nenhuma indicação de irregularidade por parte dos curadores. “No entanto, há indícios de riscos potenciais para os ativos da instituição de caridade, e o inquérito foi aberto para estabelecer fatos e ajudar a garantir que os curadores protejam os ativos da instituição de caridade e a administrem de acordo com seus deveres e responsabilidades”.
A investigação em curso vai apurar, conforme a Comissão: a extensão de qualquer risco para os ativos da instituição de caridade e até que ponto os curadores estão cumprindo seus deveres legais com relação à proteção da propriedade da instituição de caridade. Bem como a governança e administração da instituição de caridade pelos curadores, incluindo relacionamentos entre os curadores da instituição de caridade e seus financiadores e a identificação e gerenciamento de conflitos de interesse e/ou lealdade.
Ainda segundo esclareceu a entidade, a Comissão poderá alargar o âmbito do inquérito caso surjam questões regulamentares adicionais durante a apuração.
Proibição a Sam Bankman-Fried
Em 28 de janeiro, os promotores federais escreveram uma carta ao juiz do Tribunal Distrital dos EUA, Lewis Kaplan, solicitando que ele modificasse as condições da fiança de Sam Bankman-Fried para incluir a proibição de comunicações privadas com atuais e ex-funcionários da FTX e da Alameda Research.
O pedido do Departamento de Justiça (DOJ) vem depois que Bankman-Fried entrou em contato com pelo menos um funcionário da FTX – identificado como Ryne Miller, o atual conselheiro geral da FTX US – para supostamente tentar influenciar seu futuro depoimento de testemunha.
“Eu realmente adoraria me reconectar e ver se há uma maneira de termos um relacionamento construtivo, usar um ao outro como recursos quando possível, ou pelo menos examinar as coisas um com o outro”, a carta do DOJ cita Bankman-Fried como dizendo a Miller.