O regulador bancário regional da África Central alertou aos seus estados membros na última sexta-feira (13) que as criptomoedas são proibidas, após algumas semanas que a República Centro-Africana (CAR) tornou o bitcoin legal.
De acordo com informações da Reuters, o memorando veio a caótica semana para as criptomoedas, após o colapso vinculado da stablecoin algorítmica UST e o ativo Luna, da Terra, resultou em grandes perdas para muitos dos envolvidos. Isso também levou a paralisações do blockchain Terra e paralisações no mercado, à medida que o suprimento circulante de Luna disparou.
O presidente Faustin Archange Touadera, do CAR, assinou uma lei em 27 de abril legalizando as criptomoedas e tornando o bitcoin uma moeda reconhecida no país após uma votação parlamentar unânime, se tornando o segundo país a adotar o bitcoin, depois de El Salvador fazê-lo no ano passado.
Obed Namsio, chefe de gabinete do presidente da CAR, disse que a medida é um marco importante para a recuperação econômica do país, de acordo com uma publicação na página oficial do governo no Facebook.
Ainda assim, a Comissão Bancária da África Central (COBAC), que é responsável pela regulamentação do setor bancário na Comunidade Econômica e Monetária da África Central (CEMAC), à qual pertence a CAR, disse que sua proibição visa garantir a estabilidade financeira.
O porta-voz do governo, Serge Ghislain Djorie, disse à Reuters que a República Centro-Africana não recebeu nenhum aviso oficial do COBAC sobre a proibição de criptomoedas, mesmo tendo tenha visto a notícia na imprensa e nas mídias sociais.
Estamos aguardando a transmissão oficial do documento para podermos responder. Deve-se entender que cada estado tem sua soberania”, comentou Djorie.
Vale lembrar que a comissão bancária realizou uma reunião especial em no último dia 06 de maio para examinar o impacto das criptomoedas na zona. “Para garantir a estabilidade financeira e preservar os depósitos dos clientes, a COBAC lembrou certas proibições relacionadas ao uso de criptomoedas na CEMAC”, apontou o documento.