- Tensões geopolíticas elevam preços do petróleo.
- Bitcoin sofre queda em meio a incertezas globais.
- Estímulos chineses impulsionam commodities.
Após um período de notável recuperação nos primeiros nove meses do ano, culminando em um desempenho surpreendente do S&P 500, o índice enfrentou um de seus piores dias em três semanas nesta última terça-feira.
Paralelamente, o Bitcoin registrou uma expressiva queda, despencando da casa dos US$ 65 mil dólares para um patamar próximo a 60.200 dólares, o que representa uma diminuição de quase 5% em um único dia. Atualmente, a criptomoeda se encontra em cerca de US$ 60.800 dólares, com queda de 4,5% e sinais que apontam para uma possível depreciação ainda maior.
No que se refere ao mercado de petróleo, tanto os tipos WTI quanto Brent experimentaram elevações significativas, impulsionados pelos recentes ataques com mísseis.
Porque o bitcoin está caindo hoje?
O Bitcoin e o mercado de ações estão em queda desde terça-feira, quando o Irã realizou um ataque significativo ao lançar aproximadamente 200 mísseis balísticos em direção a Israel. Este ato representou a primeira resposta direta após recentes tensões com o Hezbollah, grupo que conta com o apoio do governo iraniano.
A ofensiva foi descrita pelo Irã como uma retaliação pelas mortes de líderes do Hezbollah no Líbano, com avisos de que qualquer resposta de Israel levaria a severas consequências. Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o ataque como um grave erro e prometeu retaliação precisa e surpreendente.
O impacto dos mísseis foi mais sentido em Tel Aviv, causando explosões, mas apenas ferimentos leves em duas pessoas e sem danos significativos a estruturas. Durante o ataque, a população buscou refúgio em abrigos por mais de uma hora, e o espaço aéreo foi temporariamente fechado. Além disso, um ataque a tiros anterior ao bombardeio deixou oito mortos nos arredores de Tel Aviv. Em resposta ao cenário, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou apoio militar para a defesa de Israel.
Enquanto isso, o cenário geopolítico se aquece com um ataque de mísseis do Irã a Israel, intensificando as preocupações globais. Este evento elevou os preços do petróleo bruto e reacendeu temores sobre possíveis interrupções no fornecimento de energia. Adicionalmente, a primeira greve da International Longshoremen’s Association desde 1977 ameaça as cadeias de fornecimento globais, possivelmente impactando portos desde Houston até Boston.
No entanto, outro elemento que tem atraído a atenção para o mercado de commodities é o robusto pacote de estímulos lançado pela China, o maior desde o início da pandemia. Com promessas de mais suporte no horizonte, essas medidas já começaram a refletir positivamente nos mercados. Na semana passada, uma série de políticas de flexibilização monetária e fiscal na China impulsionou o índice CSI 300 em 27% desde suas mínimas em setembro, sinalizando um novo mercado em alta.
Esses incentivos chineses, especialmente o novo suporte ao seu mercado imobiliário problemático, somam-se a mais de 500 bilhões de dólares em estímulos, segundo algumas estimativas. Tais medidas têm tido um impacto significativo nos mercados globais de commodities, com os futuros de minério de ferro na China registrando uma alta superior a 20%.