A Polygon (antiga Matic Network) comprou o protocolo Mir, da startup de mesmo nome, por US$ 400 milhões. A Mir trabalha no escalonamento Ethereum utilizando a tecnologia à prova de conhecimento zero, método pelo qual uma parte pode provar à outra que uma determinada afirmação é verdadeira, sem trasmitir qualquer informação além do fato.
Além disso, trabalha com a prova ZK, uma ferramenta criptográfica que pode ser usada para criar rollups de ZK. Os rollups ZK permitem que as transações sejam processadas, mas não exigem que todos os dados da transação sejam postados no Ethereum, fazendo com que reduza o espaço em bloco usado no Ethereum.
De acordo com a Polygon, o protocolo Mir possui a tecnologia à prova de ZK mais rápida, o que faz com que ele gere comprovações com mais rapidez e verificar mais transações em uma única ação. Segundo o co-fundador da Polygon, Mihailo Bjelic, a equipe da Mir investiu muito tempo projetando e otimizando sua tecnologia à prova de ZK chamada Plonky2.
“É uma grande peça de engenharia. O Plonky2 pode gerar provas recursivas em incríveis 170 milissegundos em um laptop. Mais importante, o plonky2 é prático de usar no Ethereum, com provas de 45kb no modo de tamanho otimizado”, afirmou Bjelic.
A Polygon e a Mir fecharam o acordo no último dia 26 de novembro, envolvendo 190 milhões de tokens MATIC e US$ 100 milhões em stablecoins USDC, o que rendeu então cerca de US$ 400 milhões no preço da MATIC, revelou Bjelic.
O acordo tem um período de aquisição de três anos, o que significa que a equipe da Mir ainda poderá obter lucros ao longo desse período, até 2024, com base nos resultados, segundo disse o co-fundador da Polygon, Sandeep Nailwal, que afirmou também que a Polygon pretende fornecer um conjunto de soluções de dimensionamento para Ethereum à longo prazo, incorporando a tecnologia Layer-2.