De acordo com o relatório anual da PeckShield, uma renomada empresa de segurança blockchain, houve uma redução marcante nas perdas causadas por fraudes e ataques cibernéticos no setor. O valor total dessas perdas se estima em cerca de 2,61 bilhões de dólares, evidenciando uma diminuição de 27,78% em comparação aos 3,6 bilhões de dólares reportados no ano anterior. 2023 destacou-se como um ano de avanços significativos, especialmente no que diz respeito à segurança e recuperação de ativos digitais.
Este decréscimo substancial nas perdas acredita ser por várias estratégias eficazes que a comunidade de criptomoedas implementou. Uma das mais notáveis foi a recuperação de fundos roubados. A PeckShield teve um papel crucial nesse processo, conseguindo recuperar aproximadamente 674 milhões de dólares em mais de 600 incidentes de hacks, o que representa cerca de 25% do total de criptoativos roubados. Isso marca um aumento significativo em relação aos 133 milhões de dólares recuperados no ano anterior.
A eficácia dessas operações de recuperação se ampliou graças à implementação de programas de recompensas por bugs e investigações on-chain, que ajudaram a identificar vulnerabilidades nos sistemas. Além disso, a colaboração com bolsas centralizadas, Tether e autoridades policiais para congelar rapidamente os fundos suspeitos revelou-se uma tática bem-sucedida.
#PeckShieldAlert 2023 saw 600+ major hacks in the crypto space, resulting in ~$2.61B in losses, with $674.9M recovered.
$1.51B lost to hacks (excluding #Multichain unauthorized withdrawals) & $1.1B to scams. This marks a 27.78% decrease from 2022. #DeFi protocols remained prime… pic.twitter.com/G7PIU3WyrX— PeckShieldAlert (@PeckShieldAlert) January 29, 2024
Recuperação efetiva de 25% dos criptoativos roubados destacada pela PeckShield
Apesar desses avanços, o setor de finanças descentralizadas (DeFi) continua a ser um alvo frequente de atividades ilícitas. Em 2023, cerca de 67% das perdas no setor de criptoativos se atribuíram a ataques direcionados ao DeFi. Interessantemente, 40% desses ataques foram identificados como empréstimos instantâneos Isso é uma nova modalidade de fraude que vem ganhando força.
A diversificação dos tipos de criptomoedas visadas por hackers também foi um ponto de destaque no relatório. Enquanto o Bitcoin predominava nas transações ilícitas entre 2018 e 2021, as stablecoins passaram a ganhar relevância em 2022 e 2023. Isso sugere uma mudança no comportamento dos agentes mal-intencionados, que agora buscam explorar uma variedade mais ampla de ativos digitais.
O relatório da PeckShield, além de destacar essas tendências, ressaltou a importância de continuar desenvolvendo e implementando medidas de segurança robustas. A colaboração entre diferentes entidades do ecossistema de criptomoedas e a adoção de práticas proativas de segurança são essenciais para combater a natureza sempre evolutiva das ameaças cibernéticas.
Este cenário ressalta a necessidade contínua de vigilância e adaptação por parte da comunidade de segurança blockchain. No entanto, para garantir que os avanços no campo da segurança de criptomoedas continuem a evoluir e se adaptar às novas formas de ameaças.