- Paquistão busca atrair empresas com tarifas especiais para mineração de Bitcoin.
- O país usa excedente energético para reduzir custos em mineração de criptomoedas.
- Estabilidade energética é crucial para o sucesso da iniciativa.
O Paquistão está traçando estratégias para utilizar seu excedente de eletricidade na mineração de criptomoedas, com foco especial no Bitcoin, numa tentativa de atrair empresas do setor de tecnologia blockchain. Fontes indicam que o país está em processo de elaboração de tarifas especiais, visando tornar-se um polo atrativo para essa indústria.
Recentemente, autoridades paquistanesas debateram com diversos stakeholders a implementação de centros de dados para cripto e blockchain, que aproveitarão a energia excedente a custos marginais. Essa iniciativa visa catalisar o desenvolvimento do setor cripto no país, sem necessidade de subsídios adicionais. Estima-se que os mineradores de criptomoedas no Paquistão atualmente gastem cerca de 70% de seus rendimentos totais apenas com eletricidade.
A divisão de energia do país pretende estabelecer tarifas atraentes para setores emergentes, com o intuito de absorver o excesso de energia e reduzir os custos energéticos dessas firmas. “O desafio será equilibrar o fornecimento de energia para garantir a estabilidade necessária para atrair mais investimentos nesse campo,” apontaram fontes.
A mineração de Bitcoin, conhecida por seu alto consumo energético, tem levado vários países a adotarem medidas específicas para essa atividade. Por exemplo, enquanto algumas nações implementaram tarifas especiais para a mineração, outras, como a China, optaram por proibir completamente a prática devido a preocupações ambientais e escassez de energia. De maneira semelhante, o Irã proporciona eletricidade subsidiada para mineradores, mas frequentemente interrompe suas operações nos períodos de pico de consumo.
No mesmo contexto, o Cazaquistão, que havia abraçado a mineração de criptomoedas, agora enfrenta desafios com a crescente escassez de energia, resultando em tarifas mais altas e maior tributação para o setor.