Nos bastidores do mundo digital, uma narrativa preocupante vem se desenrolando nos últimos anos. O Lazarus Group, uma entidade hacker associada à Coreia do Norte, vem sendo responsável por uma série de ataques cibernéticos sofisticados, visando principalmente o setor de criptomoedas. De acordo com relatórios recentes, este grupo conseguiu acumular cerca de 3 bilhões de dólares em criptomoedas ao longo dos últimos seis anos.
Este valor astronômico foi obtido através de diversos ataques bem-organizados a plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) e outras entidades do mercado de criptomoedas. Somente no ano de 2022, estima-se que cerca de 1,7 bilhão de dólares sofreram expropriação por suas operações. Análises de especialistas em segurança cibernética e dados de blockchain sugerem que grande parte desses fundos vão para apoiar projetos na Coreia do Norte, embora os detalhes exatos permaneçam incertos.
A empresa Chainalysis, especialista em análise de dados de blockchain, aponta que mais de 1,1 bilhão de dólares tinham ligação de plataformas DeFi. Este tipo de plataforma é particularmente vulnerável levando em conta sua natureza de descentralização e à falta de regulamentações rigorosas. O Departamento de Segurança Interna dos EUA também reconheceu a ameaça representada pelo Lazarus Group, destacando suas ações em um relatório recente.
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EUA impõem sanções para combater ciberatividades da Coreia do Norte
Em resposta a esses ataques, o Departamento do Tesouro dos EUA tomou medidas punitivas, introduzindo novas sanções contra as atividades cibernéticas da Coreia do Norte. Uma figura chave nesse cenário é “Sinbad”, um operador de serviços de mistura de criptomoedas. A figura é adicionada à lista de sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros. Estes serviços de mistura ganham holofote para ofuscar a origem dos fundos roubados, dificultando o rastreamento e a recuperação dos ativos.
O histórico do Lazarus Group é notável e preocupante. Em 2016, eles realizaram um ataque ao Banco Central de Bangladesh, resultando no roubo de 81 milhões de dólares. Em 2018, o grupo voltou a chamar atenção ao hackear a exchange japonesa de criptomoedas Coincheck, desviando 530 milhões de dólares, e ao atacar o Banco Central da Malásia, roubando 390 milhões de dólares.
Esses eventos destacam não apenas a habilidade e ousadia do Lazarus Group, mas também a vulnerabilidade inerente ao ecossistema de criptomoedas. Enquanto o setor continua a crescer e atrair investimentos, a segurança cibernética permanece como um desafio crítico, exigindo atenção constante e inovação para proteger os ativos digitais.