Insegurança financeira nos EUA. Esse é o sentimento que paira sobre quase metade dos americanos quando pensam em suas economias nos bancos, segundo uma pesquisa recente da Gallup. Este estudo, realizado em abril, mostrou que 48% dos entrevistados estão preocupados com a segurança de seu dinheiro nos bancos. Desses, quase 20% indicaram que estavam “muito preocupados”.
A preocupação não é infundada. Nos últimos meses, a confiança no sistema bancário sofreu um duro golpe com o colapso de diversas instituições financeiras de alto perfil, como o Silicon Valley Bank e o Signature Bank. O medo atingiu um novo patamar com a falência do First Republic Bank, que ocorreu após a realização da pesquisa.
Os resultados da pesquisa da Gallup sinalizam um nível de preocupação semelhante ao observado durante a crise financeira de 2008, um período marcado pelo colapso de instituições financeiras consideradas “grandes demais para falir”. No momento, centenas de bancos americanos podem estar em risco. Especialistas da Hoover Institution estimam que se metade de todos os poupadores não segurados sacar todo o seu dinheiro, cerca de 186 bancos americanos estariam em risco potencial de deterioração.
Esses bancos possuem ativos totais de cerca de US$ 300 bilhões, mas representam menos de 5% dos cerca de 4.135 bancos comerciais segurados pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) nos Estados Unidos. Além disso, bancos como a PacWest, da Califórnia, a Western Alliance, do Arizona, e a First Horizon, de Memphis, estão balançando após uma queda no preço das ações na semana passada.
Diante desse cenário, as criptomoedas podem emergir como uma alternativa atraente para muitos investidores. Em meio à crise bancária, essas moedas digitais podem oferecer um porto seguro para aqueles que procuram proteger suas economias. Enquanto os bancos lutam para se manter à tona, o futuro do dinheiro pode estar se movendo cada vez mais em direção ao universo cripto.