O governo da Nigéria retirou recentemente as acusações de lavagem de dinheiro contra o executivo da exchange de criptomoedas Binance, Tigran Gambaryan. O ex-agente especial do IRS dos EUA e chefe de conformidade financeira da empresa estava detido na Nigéria desde fevereiro.
De acordo com informações da mídia Business Insider Africa, um advogado representante da Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC) anunciou a retirada das acusações no Tribunal Federal Superior, em Abuja, hoje, 23 de outubro.
No entanto, o governo nigeriano seguirá com o processo contra a Binance por lavagem de dinheiro sem Gambaryan, juntamente com as acusações separadas relacionadas a evasão fiscal.
A decisão sobre a retirada das acusações contra o executivo da Binance acontece menos de duas semanas após um tribunal negar a fiança a Gambaryan por motivos de saúde. Desde sua transferência a prisão de Kuje, em março, a saúde física e mental de Gambaryan foi bastante prejudicada, tendo o executivo sofrido uma hérnia de disco nas costas, além de crises de pneumonia, malária e amigdalite.
Gambaryan e Nadeem Anjarwalla, gerente regional da Binance para a África, foram detidos ao chegarem em Abuja, no dia 26 de fevereiro. No entanto, Anjarwalla conseguiu escapar da custódia em 22 de março.
Vale lembrar que, em junho, foram retiradas cobranças fiscais contra os executivos da exchange cripto Binance, Tigran Gambaryan e Nadeem Anjarwalla, que foram movidas pelo Serviço Federal de Receita Federal (FIRS) da Nigéria.
O Órgão entrou em concordância para realizar a revisão das cobranças no intuito de que somente a Binance, através de seu representante local, seja nomeada. Com esta decisão, a exchange ficou como única réu no processo.
Em julho, o Banco Central da Nigéria (CBN) acusou a Binance de realizar serviços bancários sem autorização, segundo informações da mídia local. O Chefe de Política e Regulamentação de Pagamentos do CBN, Olubukola Akinwunmi, foi testemunha no julgamento perante o Juiz Emeka Nwite do Tribunal Federal Superior de Abuja. Conforme a publicação, a testemunha revelou que as transações de depósito e retirada da exchange de criptomoedas deveriam ser reservadas para bancos e instituições financeiras que tivessem autorização no país.