O Ministério das Finanças da Rússia apresentou seu projeto de lei sobre a regulamentação dos ativos digitais no país, pedindo regras de proteção aprimoradas, estabelecendo um limite para investimentos anuais em criptomoedas.
Segundo informações da imprensa local, o projeto de lei diz que o uso de criptomoedas é como uma forma de pagamento e ainda será proibido em solo russo, mas será considerado um instrumento de investimento.
Para tal, o Ministério das Finanças está disposto a impor mais regras de segurança e, caso seja projeto aprovado, todas as transações de criptografia exigirão a identificação do cliente.
Os legisladores opinaram que as corretoras estrangeiras de criptomoedas deveriam obter uma licença para operar na Rússia, além de que essas plataformas de negociação deveriam também introduzir testes de literacia financeira aos seus clientes e, assim, determinar quanto os indivíduos estão autorizados a investir. Os russos que tiverem sucesso nessa etapa de testes poderão deter até 600 mil rublos (US$ 7.806) em moedas digitais a cada ano, enquanto aqueles que não passarem nos testes terão um limite de 50 mil rublos (US$ 650) por ano.
Outra medida que o Ministério russo vê com bons olhos é a mineração de criptomoedas, porém, as autoridades sugerem que deveria ser tributada. Essa posição do Ministério ficou mais forte após o presidente Vladimir Putin se mostrar também a favor do setor, comentando que a Rússia pode se beneficiar dele. O país é líder no cenário de mineração de ativos digitais na Europa, respondendo por 11,2% da taxa global de hash. EUA e o Cazaquistão são as únicas nações à frente da Rússia nesse quesito.
No início deste mês, o Ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, já havia proposto que os bancos locais fornecessem serviços em criptomoedas, além de sugerir que a alocação de fundos em tais ativos deveriam ser tratada como investimento em metais preciosos.
Embora o projeto de regulamentação tenha sido apresentado, a Rússia vive uma grande controvérsia sobre a adoção ou não dos ativos digitais, já que o Banco Central do país é veemente contra os tokens e já pediu pelo banimento das atividades no país.