Os mineradores de Bitcoin pareciam ser os consumidores modelo para os serviços auxiliares no estado.
Durante a tempestade de inverno no Texas em dezembro de 2022, os operadores de mineração de Bitcoin (BTC) devolveram até 1.500 megawatts de energia à rede local em dificuldades.
Em seu comentário ao Satoshi Action Fund, o presidente do Texas Blockchain Council, Lee Bratcher, afirmou que os mineradores devolveram até 1.500 megawatts à rede do Texas. Essa quantidade de energia seria suficiente para aquecer “mais de 1,5 milhão de pequenas residências ou manter 300 grandes hospitais totalmente operacionais”, de acordo com os cálculos do grupo de defesa do Bitcoin.
Embora não haja especificação sobre o período de tempo exato em que os mineradores acumularam tal quantidade de energia, o hashrate global de mineração de Bitcoin caiu 30% em 24 a 25 de dezembro de 2022. Os mineradores pareciam ser os participantes modelo de serviços auxiliares no estado, que estimulam os clientes a reduzir o consumo nos picos de demanda para estabilizar a rede.
A tempestade de inverno na América do Norte foi tão severa que desligou os produtos de mineração em nuvem da Binance de 24 a 26 de dezembro. Durante os dias que antecederam o Natal, um “ciclone-bomba” provocou temperaturas extremas nos Estados Unidos, deixando milhões sem eletricidade e ceifando dezenas de vidas.
Em março de 2022, o Electric Reliability Council of Texas (ERCOT) estabeleceu um processo provisório para garantir que novas grandes cargas, como mineradores de Bitcoin, possam ser conectadas à rede ERCOT. Os fornecedores de software também começaram a trabalhar com os mineradores para garantir que eles tenham as ferramentas necessárias para permitir o balanceamento de rede adequadamente.
Com sua participação de 14% no hashrate do Bitcoin, o Texas está entre os principais estados para mineração de Bitcoin nos Estados Unidos, junto com Nova York (19,9%), Kentucky (18,7%) e Geórgia (17,3%).
Professor de Harvard sugere imposto por danos ambientais
Como solução, noticiada pelo PortalCripto, o professor de Harvad, Schneier, sugere que empregar um imposto em vez de uma proibição seria melhor. De acordo com ele, assim como acontece com os impostos da gasolina, tabaco, plástico e álcool, um imposto sobre criptomoedas pode reduzir os danos no mundo real, “fazendo com que os consumidores paguem por isso.”
Conforme não é possível tributar todos mineradores de criptomoedas, já que muitos deles podem operar de forma anônima, Schneier recomenda que o imposto deve ser cobrado de cada investidor no momento em que eles fazem compras em corretoras.
O professor acrescenta que não importa se um usuário do Brasil está comprando criptomoedas em uma corretora dos Estados Unidos, o imposto deve ser cobrado diretamente pela plataforma e então repassado ao governo do país onde opera.