O governo venezuelano adotou medidas severas contra a mineração de criptomoedas em uma tentativa de proteger sua já sobrecarregada rede elétrica. Esta decisão alinha a Venezuela com nações como China e Cazaquistão, que também têm restringido esta atividade devido ao alto consumo de energia.
Recentemente, o Ministério de Energia Elétrica da Venezuela anunciou que desligará as fazendas de mineração de criptomoedas da rede elétrica nacional. O objetivo é mitigar o consumo exorbitante de energia e assegurar que o fornecimento elétrico permaneça estável para todos os cidadãos. Este anúncio segue a apreensão de aproximadamente 2.000 equipamentos de mineração na cidade de Maracay, em uma operação que faz parte de um esforço mais amplo de combate à corrupção.
O setor elétrico venezuelano tem sido testado ao extremo, com frequentes apagões que afetam severamente a vida cotidiana e a economia do país. As autoridades enfatizam que a proibição é vital para prevenir futuras instabilidades na distribuição de energia, que tem sido um problema recorrente por mais de uma década.
A Associação Nacional de Criptomoedas da Venezuela destacou em uma publicação em sua plataforma X que “a mineração de criptomoedas é proibida na Venezuela”, reforçando a mensagem do governo.
#Oficial Prohibida la minería de Criptomonedas en toda Venezuela.
— Asonacrip (Asociación Nacional de Criptomonedas) (@AsonacripVe) May 18, 2024
Rafael Lacava, governador do estado de Carabobo, sublinhou a importância da colaboração do público na identificação e denúncia de operações ilegais de mineração. Ele argumenta que este envolvimento é crucial para o sucesso das medidas governamentais.
Internacionalmente, operadores de mineração de criptomoedas em Cazaquistão expressaram suas preocupações através de uma carta aberta ao presidente Kassym-Jomart Tokayev sobre os crescentes custos de energia, ressaltando a pressão global sobre a indústria.