- Michael Saylor deseja doar sua riqueza como Satoshi.
- Bitcoin comparado a aço e eletricidade por Saylor.
- MicroStrategy se transforma em banco Bitcoin.
Michael Saylor, cofundador e presidente executivo da MicroStrategy, tem um plano grandioso para sua riqueza: doá-la à humanidade, assim como fez o enigmático criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto. Em uma reveladora entrevista ao The New Zealand Herald, Saylor compartilhou detalhes sobre sua visão e motivação pessoal que vão além do mero acúmulo de riqueza.
“Sou um cara solteiro, não tenho filhos — quando eu for embora, eu vou embora. Assim como Satoshi deixou um milhão de Bitcoins para o universo, então estou deixando o que quer que eu tenha para a civilização”, afirmou ele, destacando seu desejo de contribuir de forma duradoura para o bem da sociedade.
Durante a entrevista, Saylor descreveu o Bitcoin não apenas como uma moeda, mas como uma revolução comparável ao surgimento do aço e da eletricidade. “Você tira o aço e a eletricidade — esses são dois grandes — tira a eletricidade, você não tem elevador. Tire o aço, o prédio cai.” Para ele, o Bitcoin representa uma fundação sólida e duradoura para a economia futura, qualificando-o como “dinheiro limpo, silencioso, programável e imortal”.
“Se você quer que sua empresa, família ou patrimônio durem para sempre, você precisa capitalizá-los com um ativo que não se degrade”, explicou Saylor, comparando as moedas tradicionais a materiais frágeis como a argila econômica ou madeira de balsa. Ele ressaltou a superioridade do Bitcoin ao mencionar que “A taxa do dólar é de 7% ao ano por 100 anos. Quando você perde 7% de sua energia por 100 anos, você perde 99,9% do que quer que você seja”.
Saylor também fez uma analogia interessante, comparando o Bitcoin a uma bateria que nunca perde a carga, destacando sua capacidade de reter energia econômica indefinidamente. Ele vê a criptomoeda como um marco crucial para a humanidade, transformando a economia de uma arte em uma ciência.
Refletindo sobre o potencial do Bitcoin em moldar o futuro, Saylor projetou uma visão otimista: “Com 8 bilhões de pessoas com aço criptográfico ou aço econômico, podemos construir algo muito maior no século 21 do que todos os economistas do século 20 lutando com argila e algodão doce.”
Apesar de reconhecer que o Bitcoin não soluciona todos os problemas, Saylor enfatizou sua importância como fonte de energia econômica, capaz de resolver muitos dos desafios globais. “Não vai te fazer voar, não vai curar seu câncer, não vai te fazer feliz, não vai resolver seu problema mental e não vai fazer seus filhos te amarem. É energia econômica — vai resolver metade dos problemas do mundo.”