Um relatório apresentado no tribunal em 8 de fevereiro revelou que a FTX Digital Markets misturou fundos de clientes e corporativos. A empresa é uma unidade da exchange nas Barramas.
Conforme informaram os liquidatários provisórios conjuntos no documento, registros contábeis da empresa eram “limitados” e faziam “pouca distinção entre o que representa, potencialmente, dinheiro de clientes e fundos corporativos”.
Os liquidatários destacaram que a empresa tem cerca de US$ 219,5 milhões distribuídos em diversas contas bancárias, no entanto, não ficou claro para os analistas quais os fundos tiveram que ser mantidos em benefício dos clientes da bolsa.
“Parece que o dinheiro dos clientes foi misturado de tal forma que pode não ser possível identificar claramente as quantias que constituem o dinheiro do cliente em oposição aos fundos corporativos em geral”, ressaltou o documento relatório.
Vale lembrar que, em 24 de janeiro, erroneamente, a exchange Binance chegou a manter garantias para algumas criptomoedas cuja emissão acontece na mesma carteira que os fundos dos seus clientes, conforme informações de porta-voz não identificado da bolsa à Bloomberg.
De acordo com a publicação, são emitidos pela exchange 94 tokens Binance-peg (B-Tokens) e quase metade das reservas ficam na Binance 8, uma carteira fria. Foram registrados mais tokens na carteira do que a quantidade necessária para o número de B-Tokens emitidos. A reportagem apurou que os tokens devem ser lastreados 1:1 e o valor acima é o indício da mistura da garantia com os tokens dos clientes.
“Os ativos de garantia foram movidos anteriormente para esta carteira por engano e referenciados de acordo na página de prova de garantia do B-Token ”, afirmou o porta-voz da bolsa à Bloomberg.