O senador americano Mike Lee recentemente propôs um audacioso projeto de lei que pede a abolição do sistema do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, junto com seu conselho de governadores. A iniciativa legislativa, denominada “Lei de Abolição”, visa também anular a lei fundamental que deu origem ao sistema em 1913.
Representando o estado de Utah, o senador republicano criticou o Fed por exceder seu mandato e falhar em controlar aspectos cruciais da economia, como a inflação e a dívida pública. A proposta de Lee encontrou eco na Câmara dos Representantes, onde foi apoiada pelo representante Thomas Massie, do Kentucky.
“A Reserva Federal falhou repetidamente no cumprimento do seu mandato e tornou-se um manipulador econômico que contribuiu diretamente para a instabilidade financeira que muitos americanos enfrentam hoje,” afirmou Lee em um comunicado. Ele acrescentou que a legislação busca “proteger nosso futuro econômico, desmantelando um sistema que permite gastos governamentais descontrolados, a monetização da dívida federal que o alimenta e a perturbação econômica generalizada.”
Por sua vez, Thomas Massie apontou a Reserva Federal como responsável pelo “sofrimento” dos cidadãos americanos devido a “uma inflação paralisante”. Durante a pandemia de COVID-19, alegou Massie, o Fed “criou bilhões de dólares do nada e emprestou-os ao Departamento do Tesouro para permitir gastos deficitários sem precedentes.” Ele complementou: “Ao monetizar a dívida, o Fed desvalorizou o dólar e permitiu políticas monetárias gratuitas que causaram a alta inflação que vemos hoje.
Este movimento legislativo despertou discussões intensas sobre a estrutura e a função do Federal Reserve, com opiniões variando entre o apoio à total reformulação e a defesa da estabilidade que o sistema supostamente proporciona à economia dos EUA.