O JPMorgan Chase, gigante do setor bancário, divulgou resultados de uma pesquisa sobre uma rede blockchain de distribuição de chaves quânticas (QKD) que é resistente a ataques de computação quântica.
O QKD utiliza mecânica quântica e criptografia para permitir que duas partes troquem dados seguros e detectem e se defendam contra agentes que tentando invadir o sistema. A tecnologia é vista como uma defesa viável contra possíveis ataques hackers de blockchain, que podem ser conduzidos por computadores quânticos no futuro.
Segundo o anúncio da última quinta-feira (17), o JPMorgan colaborou com a Toshiba e a Ciena para implantar e testar o blockchain QKD. “Neste momento, o QKD é a única solução que foi matematicamente comprovada para se defender contra um potencial ataque baseado em computação quântica, com garantias de segurança baseadas nas leis da física quântica”, afirmava o comunicado.
O estudo foi realizado para uso em áreas metropolitanas e teve resultados positivos, considerado capaz de suportar taxas de dados de 800 Gbps para aplicativos de missão crítica em condições ambientais do mundo real.
A prova de infraestrutura de rede de conceito contou com o sistema Multiplexed QKD da Toshiba, fabricado pela Toshiba Europe em sua base em Cambridge, no Reino Unido, e a plataforma Waveserver 5 da Ciena, equipada com criptografia de camada óptica de 800 Gbps e APIs abertas rodando sobre a solução fotônica 6500 da Ciena”, esclareceu o anúncio sobre a tecnologia usada.
O engenheiro e chefe do grupo FLARE Research do JPMorgan Chase, Marco Pistoia, ressaltou a importância de desenvolver uma infraestrutura blockchain segura antes mesmo que a computação quântica esteja disponível ao mercado.
Este trabalho chega em um momento importante, pois continuamos a nos preparar para a introdução de computadores quânticos com qualidade de produção, que mudarão o cenário de segurança de tecnologias, como o blockchain e criptomoeda, em um futuro próximo”, apontou Pistoia.
O JPMorgan tem se aprofundado em iniciativas de blockchain, sendo que o banco lançou oficialmente seu espaço no metaverso no início dessa semana e logo após isso divulgou um relatório apontando que o metaverso pode lucrar em US$ 1 trilhão no próximos anos.