A Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas criticou as declarações do atual CEO da FTX, John Ray, sobre os ativos que foram apreendidos pelo regulador.
Em um comunicado, a Comissão ressaltou que deve “corrigir mais uma vez as distorções materiais” feitas pelo CEO da FTX. De acordo com o regulador da Bahamas, os supostos valores dos bens apreendidos foram baseados em informações incompletas.
A Comissão afirmou que “os Devedores do Capítulo 11 optaram por não utilizar sua capacidade de solicitar informações aos Liquidatários Conjuntos Provisórios”. O órgão chegou a ofendeu-se com declarações de Ray afirmando que a comissão tinha dado ordens para cunhagem de “uma quantidade substancial de novos tokens”.
Securities Commission of The Bahamas Corrects Material Misstatements made by Chapter 11 Debtors pic.twitter.com/FkSXEt9fz5
— Securities Commission of The Bahamas (@SCBgov_bs) January 3, 2023
Vale lembrar que poucas horas após a exchange cripto FTX entrar com pedido de falência, mais de US$ 3,5 bilhões em criptomoedas foram transferidos para a Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas.
Conforme informou em nota, o regulador das Bahamas “obrigou” a falida exchange para realizar a transferência de todos os criptoativos que estavam sob seu controle para carteiras de controladas pela Comissão no dia 12 de novembro. Em 11 de novembro, a FTX entrou com o pedido de falência.
“Em 12 de novembro de 2022, a Comissão, no exercício de seus poderes como regulador agindo sob a autoridade de uma Ordem feita pela Suprema Corte das Bahamas, tomou a ação de direcionar a transferência de todos os ativos digitais sob a custódia ou controle de FTXDM ou seus principais, avaliados em mais de US$ 3,5 bilhões, com base no preço de mercado no momento da transferência, para carteiras digitais controladas pela Comissão, para custódia.”
De acordo com o regulador da Bahamas, os ativos estão sendo “guardados” temporariamente e podem ser eventualmente devolvidos aos seus proprietários (clientes ou credores da FTX).