Em tempos onde a economia global oscila devido às variações de mercado e decisões políticas do Fed, um conselho recente de Jim Cramer, a personalidade por trás do famoso programa “Mad Money” da CNBC, chamou a atenção de muitos investidores. Segundo Cramer, pode ser prudente aguardar uma elevação nas taxas de juros antes de fazer movimentações significativas no mercado de ações.
No momento da publicação, o S&P 500 Futuros estava cotado em 4.186,00 com queda de 0,56% nas últimas 24 horas.
O conhecido analista destacou que, ao esperar um aumento nas taxas de juros, é provável que ocorra uma liquidação subsequente, reduzindo o valor das ações. Essa seria a janela perfeita para os investidores fazerem suas compras. Em suas palavras, o cenário seria propício para aguardar esse movimento e só então, na queda, entrar no mercado de ações.
Ao examinar o desempenho de gigantes corporativos como Coca-Cola, 3M, General Electric e Verizon, notou-se que, exceto para a GE, havia uma certa hesitação no mercado antes de seus relatórios financeiros. Contudo, após a divulgação de seus lucros, suas ações tiveram uma ascensão. Jim Cramer interpretou este fenômeno como resultado das baixas expectativas dos investidores. Ele foi enfático ao dizer que pode não ser vantajoso correr o risco de fazer movimentações baseadas apenas em previsões trimestrais, especialmente quando essas previsões são influenciadas pelos contratos futuros do S&P 500.
Complementando esse panorama, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, fez uma aparição no programa “Wall Street Week” da Bloomberg TV. Em discussão com o apresentador David Westin, Powell falou sobre a robustez da economia norte-americana e o papel da política monetária neste contexto. Ele indicou que a atual alta nas taxas de obrigações pode influenciar a decisão da Reserva Federal em relação ao aumento contínuo das taxas de juros.
Powell foi claro ao dizer que a política monetária atual não se mostra excessivamente restritiva. Ele reforçou que o principal objetivo da Reserva Federal é manter a inflação estável e controlada, mesmo que tais medidas não sejam populares no cenário econômico.