Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, recentemente prometeu que não mais comentará sobre o Bitcoin. Conhecido por suas críticas prolongadas à primeira criptomoeda do mundo, Dimon reafirmou sua postura cética, apontando a falta de aplicações práticas e a associação com atividades ilícitas como lavagem de dinheiro.
Dimon vê o potencial da tecnologia blockchain, mas permanece cético em relação ao Bitcoin, comparando-o a uma pedra de estimação ou “pet rock” no inglês.
Durante uma entrevista ao Squawk Box da CNBC em 17 de janeiro, Dimon enfatizou suas preocupações com o Bitcoin, mas destacou sua crença na tecnologia blockchain. “Esta é a última vez que falo sobre isso [Bitcoin]. Blockchain é real. É uma tecnologia. Nós usamos, vai movimentar dinheiro. Existem criptomoedas que fazem alguma coisa, que podem ter valor. E tem um que não faz nada, eu chamo de pedra de estimação. O Bitcoin, ou algo parecido”, disse Dimon.
Curiosamente, Dimon não expressou preocupações com a recente aprovação do fundo negociado em bolsa (ETF) envolvendo a BlackRock, a maior empresa de investimento do mundo. “Eu não ligo. Então, por favor, pare de falar sobre isso e não sei o que ele [BlackRock] diria sobre blockchain versus moedas que fazem algo versus Bitcoin que não faz nada”, acrescentou.
"There are cryptocurrencies that do something, that might have value. And then there's one that does nothing, I call it pet rock. The #Bitcoin, or something like that," says @JPMorgan CEO Jamie Dimon. "It has some use cases. Everything else is people trading among themselves." pic.twitter.com/EnUBuIEHkI
— Squawk Box (@SquawkCNBC) January 17, 2024
Além disso, Dimon defendeu o direito dos indivíduos de usar criptomoedas, mas aconselhou cautela. “Eu defendo o seu direito de fazer Bitcoin. Eu acho que está tudo bem. Não quero dizer a ninguém o que fazer. Meu conselho pessoal é não se envolver. É um país livre,” afirmou.
A postura de Dimon gerou críticas dos defensores das criptomoedas, especialmente considerando suas declarações anteriores, nas quais expressava o desejo de encerrar o setor. Em uma audiência perante o Senado dos Estados Unidos no final de 2023, ele criticou fortemente o Bitcoin e outras criptomoedas, defendendo a proibição desses ativos digitais, focando principalmente no anonimato que eles proporcionam e no potencial para facilitar atividades ilegais.
Esta declaração de Dimon marca um ponto de inflexão importante no diálogo sobre criptomoedas, refletindo a complexidade e a diversidade de opiniões no setor.